3.5.18

Sobre o Dia Mundial da Internet das Coisas #IoTDay2018


O Dia da Internet das Coisas (https://www.iotday.org) é um movimento global celebrado no dia 9 de abril.

Em São Paulo, a Associação Brasileira de Internet das Coisas (abinc.org.br) organizou o #IoTDay2018 no iMasters Hub com cerca de 10 horas duração. Foram diversas palestras, painéis e discussões sobre o estado atual da 4ª revolução industrial no Brasil e perspectivas para curto, médio e longo prazo.

As dificuldades com regulamentações, normatizações e padrões ainda são os grandes entraves ao desenvolvimento da Indústria 4.0 no Brasil. Mesmo com as homologações recentes da Anatel ainda há muita burocracia a ser vencida. A legislação antiquada e regras defasadas de implementação são os maiores vilões contra a expansão da Internet das Coisas por aqui.

O mercado de IoT industrial é capitaneado por quatro modelos de negócio de tecnologias de radiofrequência de longo alcance. Sigfox e LoRa (Long Range Radio) são as duas principais tecnologias que promovem o uso e a padronização da Low Power Wide Area Network (LPWAN). As redes Low Power Wide Area (LPWA) surgiram prioritariamente para conectar coisas, com redes de melhor cobertura, menor custo de conexão e menor consumo de bateria.

A Sigfox é mais antiga e utiliza a técnica Ultra Narrow Band em suas conexões. Criado mais recentemente, a LoRaWAN é um padrão aberto para redes baseadas em Long Range Radio. Foi desenvolvido e patenteado pela Semtech (https://www.semtech.com/products/wireless-rf/lora-transceivers) e tem como patrocinadores a IBM , a Cisco, KPN, Orange, Flashnet, ZTE, Actility e muitos outras grandes empresas. Juntas, elas compõem a LoRa Alliance (https://www.lora-alliance.org/) que trabalha em prol da padronização da tecnologia no planeta.

Outros dois modelos são a Narrow Band IoT (NB-IoT) e a Long Term Evolution for Machines (LTE-M) que usam padrões de redes celulares dedicados a conexões Machine-To-Machine (M2M). As redes celulares eram comumente usadas em conexão de coisas nas suas diversas tecnologias (GPRS/EDGE, 3G e 4G) mas elas apresentam um custo de conexão e consumo de bateria que limita sua viabilidade.

Após a abertura do evento e apresentação da ABINC feita por Flavio Maeda e Luís Viola, respectivamente, presidente e diretor de tecnologia, começaram as apresentações.

Lucio Netto da Phygitall (http://phygitall.com.br) é também o fundador da Rede IoT Brasil (http://www.redeiot.rio/blog/). A Phygitall (http://phygitall.com.br/blog-internet-das-coisas/) é uma empresa com soluções IoT para serviços públicos, indústrias e agronegócio. Ele falou sobre os resultados dos testes técnicos que realizaram na cidade do Rio de Janeiro com os dispositivos LoRa.

Yan Lopes (www.linkedin.com/in/YanLopes), mestrando em Administração de Empresas na Universidade Mackenzie (http://up.mackenzie.br/graduacao/sao-paulo/administracao/), apresentou sua pesquisa o uso de IoT na gestão logística onde conclui diversas vantagens sendo a principal delas a melhora no monitoramento e rastreamento, prevenindo atrasos, identificando desvios e bloqueio de veículos em caso de anormalidade. Além disso, constatou maior segurança e redução de erro humano.

A Ana Lídia Moreira (biologa phd www.linkedin.com/in/ana-lidia-moreira), especialista em biotecnologia e co-fundadora da FisioCloud (https://www.facebook.com/fisiocloud/), expôs os benefícios que a Internet das Coisas podem trazer na melhoria da qualidade de vida e em toda vertical da saúde. Trouxe muitos dados e informações sobre iniciativas de desenvolvimento e oportunidades de negócio atualmente em atividade no mundo. Conheça algumas:

- Aging2 - https://www.aging2.com

- Bem-Startup Unimed http://www.bemstartupunimed.com.br

- Ativen https://www.ativen.com.br

- Eretz https://eretz.bio

- GE Ventures https://www.geventures.com

- Startup Health https://www.startuphealth.com

Amauri Medeiros da Nextrue (http://www.nextrue.com.br) esplanou suas preocupações com a gestão do consumo de água no mundo - hoje e nos próximos anos - trazendo uma solução IoT de gerenciamento e otimização inteligente e conectada. Com alertas via email e SMS gerando otimização de manutenção e detecção de fraudes e avarias.

Dalton Oliveira (https://twitter.com/daltonrdo) da Smarty Tempy (http://www.wardston.com.br/smartytempy/) demonstrou o processo de criação de bots no aplicativo de mensagens Telegram para informar em tempo real o clima de locais específicos de uma cidade. Como exemplo ele trouxe o MoocaTempBot, o SantaClaraTempBot (Califórnia, USA), HillsdaleTempBot (NY, USA)

Renato Pasquini da Frost&Sullivan (https://ww2.frost.com) falou das perspectivas do IoT reforçando a ideia de que as coisas conectadas serão o cerne da transformação digital. Catalizando toda ideia e imaginário de soluções em todas os setores da sociedade. 'Automatizar', 'Integrar' e 'Conectar' são as palavras que norteiam o mundo humano em qualquer ecossistema. Segundo ele, tanto no consumo, quanto no governo e nos negócios toda a jornada de transformação digital deve necessariamente passar pela Internet das Coisas. Os preços globais destes dispositivos vem caindo acentuadamente e o interesse doméstico e industrial crescem em proporção inversa: "Até recentemente o IoT era uma vantagem competitiva, hoje é um requerimento competitivo".

A apresentação antes do painel de encerramento foi do Diretor de Negócios da WND Brasil (http://wndbrasil.com), Eduardo Koki Iha (@kokiiha).A WND -'a operadora das coisas'- levantou alguns dados astronomicos do mercado de Internet of Things. Operadora da sigFox no Brasil, ela chega com força. Está presente em 70% das cidades com mais de 200 mil habitantes do país, oferecendo comunicação entre dispositivos com baixo consumo de energia, baixo custo, de fácil integração, com rígidos mecanismos de segurança e experiência em 37 países.

Seus indicadores apontam investimentos na casa de 1,7 trilhão de dólares até 2020 e 30 bilhões de dispositivos conectados. para o Brasil, a receita industrial para Internet das Coisas até 2020 está na casa de 3,3 bilhões de reais. O Brasil é quarto maior mercado em IoT no mundo mas ainda apresenta grandes desafios como escassez de competências, qualidade da infraestrutura de telecomunicacoes, baixo investimento em P&D e fraca colaboração entre empresas e universidades. Problemas que a ABINC e nós do Things Hacker Team estamos dispostos a resolver.

O evento terminou com um painel onde as algumas dúvidas foram respondidas mas muitas perguntas ficaram no ar. O mundo das coisas fortemente conectadas está sendo construído e é empolgante acompanhar isso de perto.

Fontes e referências:

http://abinc.org.br/sucesso-do-iot-day-sp-2018/ (https://lnkd.in/e2rg62c)

https://www.iotday.org

http://abinc.org.br/associacao-brasileira-de-iot-se-junta-a-lora-alliance/

https://www.embarcados.com.br/lora-nb-iot-e-sigfox/

http://www.teleco.com.br/lpwa.asp

https://www.link-labs.com/blog/past-present-future-lpwan

http://makers.sigfox.com



Apresentações exibidas nas Palestras:

https://goo.gl/BBWLJa



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