26.6.06

Chicken Little

Que filme legal! Uma divertida animação com uma empolgante trilha sonora. Conta a história de um garoto galo - por isso galinho - que pra provar que merece a confiança do pai acaba colocando todos da cidade numa confusão. A história é meio sem pé nem cabeça, com uma conversa de que caiu um pedaço do céu mas que na verdade era o pedaço de uma nave camuflada. O aliens vieram na Terra comer a dita 'melhor avelã do universo' e acaba perdendo o filho, mas interpretam como um sequestro então uma esquadra de disco voadores invadem a Terra para resgatar o bebê alien e o galinho - que meio que foi o responsável por toda parada - resolve a situação. Uma animação carismática e instigante. Ah! O joguinho do DVD é muito bem bolado!
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Vanilla Sky

O melhor filme que vi este ano. Estou profundamente arrependido de não o tê-lo visto na época em que foi lançado. Me lembro de ter visto este filme diversas vezes na locadora e nunca ter me interessado em assistir. Mas também nenhum amigo meu me recomendou, enfim só fui assiti-lo quase sem querer quando passou num domingo no SBT. O filme impressiona. A começar pela homenagem do título à obra de Monet, o filme é impecável em tudo. na dinâmica, na trama, na trilha, na direção, na fotografia..., resumindo, é um filme pra sempre. vou mais dizer nada, assista o quanto antes, nem que seja de novo. Refilmagem de 'Preso na Escuridão' (veja o site)

Monet
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Cinema em Cena
Messy Sundae - bom artigo.

22.6.06

Cine Gibi 2

A qualidade da animação é superior à primeira edição. As histórias mantêm o mesmo padrão, ou seja, diversão na certa! O que poderia ser mais caprichado seria os jogos que acompanham o dvd. O da concorrência é muito mais criativo, vide Scooby-doo ou Chicken Little.
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Chiken Little
Vanilla Sky
Cine Gibi 2

Fúria de Titãs


Quanto mais se sabe sobre mitolgia grega mais interessante fica o filme. Sendo de 1981, ele é surpreendente para época. Os próprios efeitos especiais perdem importância diante do denso conteúdo mitológico. Além de sequências belíssimas, com uma fotografia privilegiada e trilha sonora envolvente. É um filme digno de orçamentos do estilo 'Sr. dos Anéis' e merece uma grande refilmagem. Se torna impagável só pela beleza de Andrômeda... É filme pra ter na coleção.
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"Fúria de Titãs ganha refilmagem" by Biciclano
Deu Zebra

Não foi do meu agrado. Apesar da super ênfase dada aos dubladores - tanto a nivél nacional quanto a nível internacional - é um filme que não convence. O próprio universo social do filme é inóspito. É ambientado num estilo de vida do campo domesticado , rico e privilegiado, onde os mais ricos são chatos, gananciosos e vingativos. Aquela realidade das corridas de cavalo, de aras, pôneis, etc. Questões altamente subjetivas como questões de raça, diferença, preconceito, enfim, um filme politicamente correto (até demais) e quase chato, não fossem as esporáticas piadinhas cômicas. A trilha sonora é quase trash e a fotografia... Tinha direçãod e fotografia neste filme? Ah! É que tem muita animação... Esse negócio de fazer bicho falar é foda!
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16.6.06

X-man 3

Foi bom, mas perde para os anteriores. Gostei de muitos elementos do filme mas uma certa dinâmica ou um certo cuidado com o roteiro quase deixa o filme cansativo. A trilha sonora é legal, mas não chamou minha atenção. A fotografia ficou a desejar. Senti falta do cativante Noturno e de uma presença mais qualificada do Colossus
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O Expresso Polar

É uma animação com personagens que parecem saídos dos filmes do Chuck. Com exceção da versão digital do Tom Hanks todos os outros personagens me pareceram terríveis. O filme conta uma história bestinha que só ela mas tem sequências impressionantes. O filme é uma maluquice atrás da outra tem umas musiquinhas chatinhas e alguns elementos esquisitos. A trilha sonora é um pé no saco, ainda mais por se tratar de um 'quase-musical' do Alan Silvestri (que está ficando caduco eu acho). Não sei como é a reação das crianças mas pra mim esse filme é uma bela besteira. Bem aquele clima de natal para crianças americanas. Mas o pior de tudo foi o menino ter pedido de presente de Natal pro próprio Santa Claus um guiso do trenó dele. Putz! O garoto poderia pedir qualquer coisa, aí ele vai pedir o guizo?! Peraí! É muita 'forçação' de barra!
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Adoro Cinema
Gol

A história é básica, é um clichê, mas o filme tem sentimento. Sem ficar piegas o filme conta a trajetória de um jovem mexicano que cresceu no subúrbio de Los Angeles e por sorte conseguiu uma indicação para um teste num time tradicional da Inglaterra. Com senso de humor e de responsabilidade o diretor faz uma ótima apresentação. A fotografia é um pouco caída apesar das paisagens e das panorâmicas. A trilha sonora é instigante, enfim é um filme que merece a prometida continuação.

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10.6.06

raulzito discografia
Xmen e Noiva Cadáver

8.6.06

Wood & Stock

De Otto Guerra, animação, 35mm, 81', RS.
fantástico! Nada como as figuras do Angeli em movimento. E fora as piadas sarcásticas ainda temos a Rita Lee na voz da Rêbordosa e Tom Zé na voz de Raulzito. Tá do caralho! A direção, as idéias, a animação... Até a psicodélica música. É imperdível! A estreía nacional é no meio do segundo semestre de 2006.
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Otto Desenhos
Woodstock
Viva Volta

Heloísa Passos, documentário, 35mm, 15', PR.
“Viva a Volta” é um documentário com o trombonista brasileiro Raul de Souza, que, desde 1971, vive fora do Brasil e sofre com a falta de reconhecimento em seu país. Com o som do seu trombone ao fundo, o filme leva o personagem de volta a Bangu (RJ) e reconstrói sua trajetória, revisita Saravah (filme de 1969), e, em 2005, promove o reencontro de Raul e Maria Bethânia que juntos celebram a devoção pela música.
Não sei o que acrescentaria...

Para chegar até a lua

Jose Gulhermo Hiertz, animação, 35mm, 10', SP.
Como será viver tão sozinho a ponto de nem sequer saber o que é solidão? Assim vive Jaime, uma mosca-das-frutas. Ao nascerem, elas possuem apenas um dia e um único propósito de sobreviver: acasalar e morrer. Porém, Jaime nasce atrasado em relação aos seus irmãos e irmãs e perde o ciclo de vida ao qual fora destinado. Agora, com menos de um dia de vida, Jaime inicia sua curta jornada pelo mundo, buscando algo que dê sentido à sua existência.


Também sou teu povo
Orlando Pereira e Franklinlacerda, documentário, vídeo, 14', CE.
O filme parte da visão dos travestis de Juazeiro do Norte e da sua relação com esta cidade para (re)contar a(s) história(s) no cenário das romarias. Mostra a relação com o visitante romeiro, o personagem Padre Cícero, a religiosidade, a Igreja. Sempre considerando a experiência e a visão de mundo desses "atores sociais", os travestis.
À meia-noite e meia
Mariana Rondón, 90', Peru.
Chatinho... Uma história meio louca e meio mal contada...

Pilhas, baterias e modernidade

Robson Lopes, vídeo ficção, 4', RJ.
Plano-sequência sobre o início do fim de um relacionamento pouco amoroso. Quem não tem cão caça com celular, mesmo.
Disse tudo!
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Deu no JOrnal

De Yanko Del Pino, 35mm, 3', animação, DF.
Um desenho animado para adultos que narra a saga de um solitário e suas fantasias. Traços de esferográfica no jornal velho desvendam as suas relações mais íntimas consigo próprio.
Erótico demais. A sequência final é viscosa.
Confia em mim

De Patrícia Ermel e Kiko Costato, vídeo experimental, 13', SP.
Uma sequência emocionante e realística sobre um assalto onde a namorada do assaltado pra livrar o namorado se entrega às loucuras dos bandidos.

Uma primavera na memória
De Ariane Mindo, 23', Cuba/Brasil.
Uma breve descrição do que ocorre com crianças doentes internadas numa instituição de Cuba.

O Cigano
De Ali Shah Hatami, 2002, ficção, 35mm, 90', Irã.
Um dos mais belos filmes do festival. Muito bem dirigido com uma fotografia muito bem cuidada e trilha sonora marcante e bela. O filme trata de um garoto que vive numa vila que se julga castigada pelos deuses pois não chove a muito tempo. Uma lenda afirma que somente um músico cigano podeia agradar os deuses com sua música e fazer chover naquela terra. Um garoto sai numa busca errante por esse músico e depois de grandes dificuldade o encontra. Aprende com ele a melodia que faz chover e volta pra sua vila.
É envolvente, comovente e encantador.

1.6.06

16º Cine Ceará

O 16° Cine Ceará - Festival Ibero-Americano começou nesta terça-feira, dia 30, às 20 horas, no Centro Cultural Sesc - Luiz Severiano Ribeiro (antigo Cine São Luiz) e prossegue até o dia 8 de junho.
Saiba mais:
UFC - Casa Amarela
Programação
OBSERVAÇÕES SOBRE O TEXTO:

"QUANDO O CAMPO É A CIDADE: FAZENDO ANTROPOLOGIA NA METRÓPOLE"
José Guilherme Cantor Magnani

O autor usa o texto para expor as razões que justificam os estudos antropologicos sobre sociedades complexas. Ele aponta a observação da 'diferença' como domínio próprio da antropologia. Observar as experiências humanas na sociedade e examinar os comportamentos e as regras que permitem a sociabilidade, faz parte de uma evolução dos paradigmas da ciências antropológica.
O olhar relativizador sobre a realidade de uma cidade passa por uma esquematização conceitual que servirá de instrumento ordenador das idéias e do pensamento sobre os locais e os usos na cidade. A cidade é, portanto, vbuista como uma teia de espaços (físicos) que engendram significados, espaços estes que são ressignificados de acordo com sua ocupação.
O instrumento teórico que o autor utiliza baseia-se na noção de 'pedaço', de 'mancha' e de 'trajeto' que são utilizados para a compreenção das diferentes dinâmicas urbanas. Magnani contrapõe os conceitos de 'comunidade' e 'sociedade' e expõe uma diferenciação comumente pouco delineada. Ele chama a atenção para as regras nos usos do tempo na sociedade e aponta o interesse científico para uma área da experiência humana que parecia não carecer de anélise científica.
Opondo os conceitos de 'sociedade' e de 'comunidade' ele coloca a 'sociedade' como um todo maior, mais caótico, menos rígido e englobador de 'comunidades':

"...trata-se de dois padrões, dois tipos ideais de interação social: sociedade implica relações secundárias, vínculos impessoais, visão racional, atitudes utilitaristas - enquanto comunidade evoca relações face a face, sentimento de solidariedade, obediência à tradição, rígido controle social, etc..." (pg. 47)

Essa mesma lógica de oposição, ele vai utilizar nas idéias de 'aldeia' versus 'cidade', 'público' versus 'privado', 'trabalho' versus 'lazer'... O processo político de participação de novos miovimentos sociais urbanos reorganizam a constituição e o ordenamento da cidade, pensada aqui como fruto de um conjunto de comunidade, como síntese e expressão da sociedade.
Magnani nos induz a pensar o 'tempo livre' em oposição ao 'tempo de trabalho' e demonstra sua preocupação em clarificar a importância do lazer como elemento revigorante das redes de sociabilidade:

"... a questão do lazer, portanto, surge dentro do universo do trabalho e em oposição a ele: a dicotomia é, na verdade, entre tempo de trabalho e tempo livre ou liberado, por lazer entende-se geralmente o conjunto de ocupações que o preenchem..."(pg. 31)

O autor opta pelo método etnográfico por acreditar ser este um método mais includente quanto à obtençãio de dados (entrevistas, questionários, histórias de vida, etc.) e à classificação das informações. Enfatiza a observação direta e a atenção sistemática (como na caminhada).
O espaço de lazer constituído de seus equipamentos (bares, cinemas, teatros, restaurantes, café da esquina, etc.) são definidos por ele como 'manchas de lazer', que "constituem pontos de referência para a prática de determinadas atividades" (pg. 41).
Essas 'manchas' pontuadas na cidade são compostas de 'pedaços' que são espaços de exercício dos códigos comuns, de reforço e estabelecimento de:

"... uma sociabilidade básica, mais ampla (...) mais densa, significativa e estável que as relações formais e individualizadas impostas pela sociedade..." (pg. 32)

Na cidade, os indivíduos percorrem estes espaços urbanos seguindo uma lógica peculiar à sua realidade, a esses caminhos esquadrinhados pelos cidadãos deu-se o nome de 'trajeto':

"...trajeto aplica-se a fluxos no espaço mais abrangente da cidade e no interior das manchas urbanas (...) a idéia de trajeto permite pensar tanto uma possibilidade de escolhas (...) como a abertura (...) em direção a outros pontos no espaço urbano, e por consequência, a outras lógicas..." (pg. 43/44)

Essas diferenciações apontadas pelo autor como justificativas para a prática etnográfica nos estudos que envolvem a cidade encontram reforço quando Magnani sugere que:

"... A cidade (...) não só adminte e abriga grupos heterogêneos (...) com está fundada na heterogeneidade..." (pg. 48)

Nada mais óbvio então do que o fazer etnográfico (a ciência máxima da 'diferença') para desvendar as dicotomias e as particularidades dos estilos de vida na metrópole.