30.1.07

A capoeira no Ceará

Alguns links que o aproximam da realidade da capoeiragem no Ceará e Capital:
Água de Beber
Capoeira Mundi
Associação Zumbi
Cordão de Ouro
Legião Brasileira
Kim Capoeira
Abadá Ceará
Óxido Nitroso acaba com o medo nos consultórios
O medo dos pacientes em sentar na cadeira do dentista está com os dias contados. No Brasil é cada vez maior o número de profissionais utilizando o óxido nitroso para minimizar a ansiedade dos pacientes, que ficam mais relaxados e permitem a realização dos procedimentos com mais tranquilidade. Conhecida como Sedação Consciente, a técnica controla a ansiedade ao mesmo tempo em que mantém a consciência, a respiração espontânea e os reflexos protetores, como a tosse. Porém, não elimina a sensação dolorosa, o que deve ser feito com a anestesia local ou outros métodos farmacológicos, como a sedação profunda e anestesia geral. A grande vantagem para o paciente é que, controlado o medo, ele continua respondendo comandos verbais e a estimulação física. A técnica é indicada para todos os pacientes especialmente cardíacos, diabéticos, asmáticos e portadores de hepatites ou cirróticos sendo, portanto, segura, como explica o Professor Roberto Vianna, do Rio de Janeiro...
Saiba mais:
Associação Brasileira de Odontologia - CE

29.1.07

Colação de Grau - Universidade Federal do Ceará
Segunda-feira, 05 de fevereiro de 2007, às 17:30 na Concha Acústica.
Saiba mais:
www.ufc.br
Os Irmãos Grimm
Muito interessante! Um conto de fadas engraçado e repleto de suspense.
Saiba mais:
http://www.cinematografo.blogspot.com
O Novo Mundo
Filme fraquim fraquim
Saiba mais:
http://www.cinematografo.blogspot.com
Os Supremos
Os Vingadores originais da Marvel numa animação moderna e interessante.
Saiba mais:
http://www.cinematografo.blogspot.com
O QUE É CRIACIONISMO E EVOLUCIONISMO? O CONFLITO ENTRE CRISCIONISMO VERSUS EVOLUCIONISMO?

O criacionismo é a idéia pseudo-religiosa e científica que afirma que tudo foi criado a partir da vontade de um ser superior, Deus, por exemplo. Os seres e as coisas foram gerados a partir do desejo de um ente máximo, tendo este mesmo ente sempre existido. O evolucionismo é uma teoria moldada nos padrões científicos de análises, deduções e sínteses, que nos permite compreender a dinâmica das transformações, ou seja, avaliando as condições do espaço físico em relação a um parâmetro temporal podemos deduzir a metamorfose biológica e sua adaptação ecológica. Dessa forma, o evolucionismo se choca frontalmente com as teorias criacionistas, pois defende a idéias de que tudo tem uma origem inteligível, fundamentada, respeitando a máxima copernicana que afirma que no: “No Universo nada se cria, tudo se transforma”. O criacionismo defende a idéia da geração espontânea – como o famoso caso do experimento usando panos sujos e molhados num quarto escuro e hermético. Que dias, por um processo de partenogênese, se transformariam em bichos (escrotos – como na música dos Titãs) e ratos – que tentava comprová-lo. É óbvio que as explicações criacionistas só adquirem sentido quando a falta de informação, ou seja, a falta de parâmetros temporais, intelectuais, conhecimento histórico e biológico são características do Sujeito do conhecimento. A noção de história, as relações de parentesco, a identidade cultural, o acesso a teorias científicas são definidores dos que optam por crer nas teorias evolucionistas ao invés das criacionistas. O próprio rigor cientifico , que permite o erro, para constatações me busca a verdade para depois questioná-la e refutá-la, nos leva a crer que a lógica da existência (seja humana ou material) está sujeita aos atritos do tempo, dos espaços e dos sujeitos. Conseqüentemente é muito mais verossímil a idéia da adaptação e evolução das espécies. Onde os sujeitos do desenvolvimento por seguirem rotinas comportamentais por um longo período de tempo, terminam por se modificarem anatomicamente e adaptarem as novas condições de tempo, espaço e sociedade.

DOIS TEXTOS DE MARX SOBRE O ANIMAL E O HOMEM.

Do ponto de vista de Marx o que difere o homem dos outros animais é sua capacidade de produção objetiva, ou seja, a faculdade exclusivamente humana de fabricar coisas para um propósito consciente. Para Marx o homosapiens transforma uma pedra em uma faca, não apenas por sorte ou causalidade, mas por ter conhecimento de que aquela pedra especifica pode fazer um trabalho especifico.
Então o ser humano tem consciência, inteligência, espírito, alma. O ser humano é um ser pensante, questionador, inquiridor, criativo. Através do seu pensamento o humano associa idéias e imagina; projeta novas relações e novas existências.
A capacidade de representação permite ao humano criar e produzir, manusear e transformar, com objetivos conscientes, explícitos. A colméia de uma abelha, apesar da perfeição, não condiciona a abelha a, através das gerações, fazerem cálculos e gráficos. Um edifício, ao contrário, é pensado meticulosamente. Cada detalhe, cada estágio da construção é imaginado e projetado, em cada uma das suas dimensões materiais, para enfim, com se diz, ‘sair do papel’.
Ao construir ferramentas que potencializam seu próprio corpo, o homem avança. Progride rumo a sua própria superação. Ao inventar rodas, motores e asas, ele potencializa as pernas; ao construir alavancas, guinchos e tratores, ele potencializa os braços; ao criar o telefone, o rádio e a imprensa, potencializa sua fala, sua linguagem, seu poder comunicativo; e finalmente, ao erigir a memória eletrônica, a tv e a Internet, ele potencializa seu cérebro, sua capacidade imaginativa e comunicacional, logo, dedutiva e criativa. Marx escreveu numa época em que voar era impensável e falar ao telefone era apenas uma possibilidade, mas mesmo assim sua linha lógica (produto de uma existência material específica) de pensamento, o materialismo dialéctico-histórico, o conduzira ao mesmo rumo epistemológico de Marshall McLuhan que afirmou em plena década de 1960 que éramos “primitivos de uma cultura nascente” - ao se referir à “aldeia global” como resultante de uma nova Era Técnica, a Era da Informação.
Mas o cerne do pensamento de Marx nestes textos, se referem ao trabalho humano e seu processo de alienação e segregação, ou seja, o movimento de redução do trabalho humano (de pensamento, reflexão e execução) em trabalho animal simples e objetivado, sem mais reflexões ou questionamentos, sem o produto do trabalho e sem os meios (instrumentos e ferramentas ) de produção. É a essa opressão que Marx quer combater com suas reflexões e críticas. Ele quer distinguir para melhorar o ‘homem’, logo, a sociedade e a natureza.

AS TEORIAS DO CONHECIMENTO DE PLATÃO E ARISTÓTELES: O DUALISMO E INATISMO DE PLATÃO E REALISMO DE ARISTÓTELES.
O inatismo em Platão se refere à origem das idéias que povoam o pensamento humano. Para ele essas idéias sempre existiram em um outro plano e na nossa, digamos ‘dimensão’, fazemos apenas nos lembrar do que foi esquecido, ou seja, nosso conhecimento presente (e futuro) é fruto, é reminiscente de coisas que antes já existiam, mas não estavam em nossas mentes.
Daí o dualismo, a dupla existência das coisas, uma no mundo intangível das idéias e outra no ser cognoscente. Uma no plano material e outra no plano mental.
Platão entendia a razão como pensamento lógico e abstrato dotado de compreensão e entendimento, mas seu racionalismo não supunha a capacidade inventiva e criativa do ser humano. Ele não considerava a arte um meio para o conhecimento verdadeiro, para ele as idéias eram imutáveis e perenes. Ele não dava crédito algum aos sentidos, elevando a razão a uma categoria superior da condição humana.
Aristóteles, seu aluno, chegou a outras conclusões. Aristóteles considerou a experiência sensível, as percepções e as ações do mundo material como filtros para o nosso conhecimento. Para Aristóteles tudo que existe em nossos pensamentos foram intermediados, interfaceados, por um sentido, uma sensação ou um sentimento. A realidade e suas formas só são possíveis por causa da interação dos sentidos numa associação lógica que permite o pensamento, a comunicação, o entendimento e a compreensão. Então, para o realismo aristotélico, o ser humano é um ser criativo, criador de sentido, de fundamentos e de necessidade. E por estar o pensamento vinculado ao corpo sensível – e este ao mundo externo, ele afirmava que as idéias das coisas eram uma construção associativa a partir de experiências sensíveis.

A TEORIA DO DESENVOLVIMENTO DA INTELIGÊNCIA E DA LINGUAGEM DE JEAN PIAJET E LAURO DE OLIVEIRA LIMA.

Piaget dividiu o processo de desenvolvimento da inteligência em estágios cognitivos (de pensamento) universais aos seres humanos. Estes estágios estariam relacionados cronologicamente à idade do homem em desenvolvimento. Além disso, estes estágios estariam geneticamente relacionados quanto à maturidade orgânica do indivíduo.
Sendo assim, têm coisas que só apreendemos em determinado estágio da vida, por exemplo, a função simbólica (semiótica, fantasiosa, imaginativa) só surge no segundo estágio, quando a criança (de dois a quatro anos) começa a manipular símbolos, nomear coisas e esboça uma comunicação mimética inicial. Este segundo estágio é conhecido por “estágio da inteligência simbólica”. No primeiro estágio, o “estágio da inteligência motora”, o sujeito (a criança) apreende as noções básicas do mundo real. É o início de uma longa relação que se dará entre o indivíduo e o espaço (ou a Natureza), o tempo e suas conseqüências, as causalidades e os objetos. É o momento dos grandes contrastes, do choque entusiasmado do viver. O “estágio do pensamento operário concreto” é o terceiro estágio. Nele, a criança sistematiza suas representações e as relaciona ao mundo físico, surgem as noções quanto á quantidade, qualidade, consistência, forma, disposição, etc.
A complexificação do terceiro estágio leva o ser humano há um quarto estágio, chamado “estágio do pensamento operário abstrato” (a partir dos onze anos), chamado também de “idade metafísica”, ou mais comumente, adolescência.
Dispondo-se os quatro estágios de desenvolvimento da inteligência, poderiam ser organizados assim:
a. motricidade
b. representação
c. operação
d. abstração
A partir daí Piaget aprofunda os conceitos de “assimilação” e “acomodação” a partir de uma estrutura genética dada, em relação ao seu desenvolvimento temporal.
Os conceitos, as teorias, as noções complexas passam a criar instrumentos cognitivos (sendo elas mesmas estes instrumentos) provocando um processo dialético de reflexão que ele chamou de psicogênese. Aplicou isso também no desenvolvimento da linguagem e da moralidade.
Lauro de Oliveira Lima segue a mesma linha psicogenética de Piaget, mas acrescenta outros conceitos que são complementares as idéias de Piaget. Lauro de Oliveira Lima coloca no primeiro estágio (a motricidade) o processo de ação e reação que ele chama de adaptação e motivação, onde há duas formas de adaptação:
- a conformação;
- a transformação.
Ele ainda acrescenta uma quinta fase, que é transformada pelo trabalho e pela influência dos parâmetros sociais.

5. COMENTE AS QUATRO CONCLUSÕES PARCIAIS SOBRE O CONHECIMENTO:

a. O CONHECIMENTO HUMANO COMEÇA COMO CONTATO COM O MUNDO

Na hora que a pessoa nasce, começa a receber estímulos do mundo exterior, inicia-se internamente um processo infinito de codificação. Onde cada elemento do todo (recebido pelos sentidos) é decupado e re-decupado, cortado, juntado e reagrupado até que tome forma um sentido consciente, lógico e racional.

b. O CONHECIMENTO SE INICIA NA SENSIBILIDADE, NOS SENTIDOS: “NÃO HÁ NADA NO INTELECTO QUE NÃO TENHA PASSADO ANTES PELOS SENTIDOS”.

Quando as primeiras dicotomias, os primeiros maniqueísmos começaram a ser forjados, esses pares lógicos geraram novos parâmetros conceituais e semânticos que permitissem compreender uma mesma ótica, um mesmo ponto de vista, de um outro modo, mais profundo, mais próximo, diferente. Quando descobrimos (ou criamos) a idéia de preto e branco, de dia e noite, de vida e morte, já estamos a entender o cinza e seus graus, o lusco-fusco e a fragilidade humana.


c. A INTELIGÊNCIA SE DESENVOLVE SEGUNDO ESTÁGIOS COMUNS A TODOS OS HOMENS, EMBORA NEM TODOS OS INDIVÍDUOS ATRAVESSESM TODOS O ESTÁGIOS.

Como os instrumentos da inteligência são os signos, os símbolos e os significados, sem as motivações necessárias, sem os estímulos essenciais, sem as ferramentas à disposição, alguns homens de fato não podem alcançar todos os estágios, mesmo porque não se sabe que estágio seria este mais elevado. Basta lembrar que há pouco mais de cem anos, em 1907, Santos Dumont já voava em sua “Demoiselle” para orientar-se com seu professor Julio Verne, e hoje, 2007, a maioria dos seres humanos vivos hoje talvez nunca irão voar.

d. EXISTE UM PENSAMENTO SENSÍVEL E UM PENSAMENTO RACIONAL OU CONCEITUAL QUE PRODUZ IDÉIAS UNIVERSAIS. O CONHECIMENTO HUMANO NÃO SE ESGOTA NOS SENTIDOS, NAS APARÊNCIAS, NA MULTIPLICIDADE.

O pensamento racional é uma associação lógica de dois ou mais juízos ou conceitos, com finalidade determinada e propósito conhecido. Cientificamente é a busca de uma solução, de uma conclusão e de uma ilação é possível.
A idéia de pensar racionalmente está ligada à origem do pensamento e ao nascimento da filosofia, da ciência e da política. Desde que se descobriu que a razão, por intermédio da indução e da dedução, proporciona soluções que permitem o avanço, o progresso e o desenvolvimento de boas formas de relacionamento com a natureza e com o sobrenatural. Possibilitando novos padrões de produção e de comportamento, permitem o surgimento de novas técnicas e novos modos de proceder e fazer.
A descoberta da sistematização e associação de idéias gerou hipóteses e geraram paradigmas complexos e lógicos que se de certa forma explicam, por outro lado complicam. Ao que resta destas teorias não foi dada a devida importância é quanto aos “ritornelos do pensamento” citados por Félix Guattari. Os pensamentos recursivos e involuntários que freqüentam a mente de todas sas pessoas e as influencia em suas ações e decisões.
AS FUNÇÕES DA:
a. PERCEPÇÃO
É a faculdade de perceber, é a aquisição de conhecimentos através dos sentidos. A percepção tem por função fornecer os dados necessários para a noção do que é real, ou seja, o que entendemos por Realidade é interfaceada (intermediada) pela percepção. Tudo que apreendemos é mediado pelos sentidos. São eles (tato, olfato, paladar, audição e visão) que determinam o que faz parte da realidade e o que é apenas fantasia. Gerando, assim, a primeira dicotomia, o primeiro par de opostos nos quais apoiaremos nossos mais íntimos conceitos.

b. MEMÓRIA
A memória tem por função princinpal guardar idéias, percepções, impressões e conhecimentos adquiridos. Ela é a base na qual repousam a sabedoria de um povo ou de uma pessoa. Ela pé a referência que nos permite (junto com a imaginação): a invenção. É na memória onde encontraremos todas as referencias que utilizaremos no futuro.

c. IMAGINAÇÃO
É a capacidade de animar idéias ou imagens mentais guardadas na memória ou adquiridas através da experiência. É a faculdade mental que nos permite a interação de duas ou mais reminiscências, idéias, pensamentos, conceitos ou imagens. A imaginação usa a memória para interação dos conehcimentos prévios e apartir deles trazer uma dedução, conclusão ou ilação. A imaginação nos permite representar idéias e imagnes e determina nossa capacidade de abstração.

d. ABSTRAÇÃO
A abstração é uma operação do espírito que nos fornece meios de apreender a realidade através das outras ferramenteas da mente (memória, imaginação percepção, etc.). Ao abstrair, isolamos partes de um todo, ou seja, separamos imaginativamente o quê na verdade não pode ser separado. Partinso da abstração podemos analisar as partes, para através da razão concluir-mos um ‘todo’ (geral ou específico) atravé de conjecturas e projecturas.

A VERDADE NA CIÊNCIA E SEUS CRITÉRIOS.
Têm-se a Verdade com a conformidade com o real. Como franqueza e sinceridade. No entanto, cientificamente estabeleceu-se critérios que determinam tipos e graus específicos de Verdade. Cada tipo com suas características específicas.
A busca da Verdade se dá por um impulso do pensamento para saber o que não sabíamos. O espanto, a admiração, a dúvida, a perplexidade geram em nós o desejo, a curiosidade.


O QUE QUER DIZER EDGAR MORIN QUANDO ESCREVE, NO SEU LIVRO CIÊNCIA COM CONSCIÊNCIA, QUE “A CIÊNCIA ANDA DE QUATRO: EMPIRISMO E RACIONALISMO, IMAGINAÇÃO E VERIFICAÇÃO”?
Edgar Morin defende essa idéia porque acreditou que estas são as etapas necessárias para anular as influências dos sentidos, dando ao conceito e experimento científico uma maior proximidade do real, da realidade. Mesmo sabendo que a única certeza científica perene é a da mudança e da dúvida.
Recuperação Escola de Ensino Fundamental e Médio Professor Joaquim Antonio Albano
Gostaria que comunicassem a seus amigos do JA quem está de recuperação:
Matemática 8ªA - números: 11,16,27,29,33,37,38,45,47,48
Matemática 8ªB - números 11,13,18,22,44
Geografia 8ªA - números: 16,47,35
Geografia 8ªB - números: 13,18,23
Ciências 8ªA - números: 11,16,29,33,45
Ciências 8ªB - números: 18,23,44.
Por favor avisem para entregar os trabalhos referentes às matérias dadas até o dia 01/02/07 (quinta-feira).

25.1.07

Blog é coisa séria

Não consigo admitir que hipócritas reinem na blogosfera. Eu uso esta tecnologia da inteligência (o blog) deste 1999 e deste aquela época verifico que no mundo digital, o dinamismo e a sinceridade voam juntos.
Recentemente adicionei o link "Guia de Compras" no blog. Na expectativa de ver um novo blogueiro se dando bem por estas bandas.
Hoje, sem querer encontrei um outro blog, este chamado "Dica de Compras". Para minha surpresa ambos usavam a mesma template. Aí eu pensei: Será que estou bem? Estou vendo isso mesmo?
Todo blog de respeito deve ter o mínimo de consideração por seu leitores, visitantes e demais frequentadores e como sinal de idoneidade e isenção disponibilizar, pelo menos, o nome do (ir)responsável pelo blog (como fazem os melhores blogs da Internet). De preferência o nome verdadeiro.
Como os colegas dos 'pseudo-blogs' Guia de Compras e Dica de Compras se escondem entre os bytes da rede mundial, opto por excluí-los dos meus links. E se for o caso, promover uma campanha de responsabilidade digital nos blogs brasileiros.

24.1.07


AVALIANDO CLARICE LISPECTOR
EM “LAÇOS DE FAMÍLIA” NO CONTO “UMA GALINHA”
FORTALEZA, JANEIRO DE 2007

SUMÁRIO

1. PERFIL BIOGRÁFICO
2. CONTEXTO HISTÓRICO E SÓCIO-CULTURAL
3. ENREDO DE “UMA GALINHA”
4. ELEMENTOS ESTILÍSTICOS E TEMÁTICOS
5. CONCLUSÕES E HILAÇÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. PERFIL BIOGRÁFICO

Clarice Lispector nasceu na Ucrânia em 10 de dezembro de 1925. Filha de pais judeus, era a mais nova de três filhas. Nos primeiros meses de vida veio com sua família para Alagoas. Passou a infância e parte da adolescência no Recife, tendo sua mãe falecido quando ela tinha apenas nove anos de idade.
Em 1937 mudam-se para o Rio de Janeiro. Estuda Direito e trabalha como professora de português, depois como jornalista e tradutora. Escreve freqüentemente para revistas e jornais. Casa-se com o diplomata Mauri Gurgel valente em 1943, um ano após iniciar seu primeiro romance “Perto do Coração Selvagem”. Em 1944 o publica e vai residir com seu marido no Pará. Logo passa a acompanhar seu marido em suas missões diplomáticas pela Europa e EUA. Vão morar em Nápolis (Itália), depois em Berna (Suíça), e em 1953 em Washington. Seus filhos Pedro e Paulo nascem em 1948 e 1953, respectivamente. Separa-se do marido e retorna ao Brasil definitivamente em 1959.
“O Lustre”(1946) e “A Cidade Sitiada”(1949) são duas de obras que lembram Emma Bovary, a personagem de Gustav Flaubert no livro Madame Bovary. Publica “Laços de Família” em 1960 e conquista leitores fiéis e entusiastas (os claricianos), principalmente no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em “Laços de Família” delineiam-se os mais freqüentes perfis das personagens de Clarice (especialmente o papel da mulher dona-de-casa), contratando com as personagens dos romances: mulheres de profissões bem definidas e de vida privada moderna, urbana e ater certo ponto liberal.
Sempre envolvidos na própria subjetividade, as personagens de “Laços de Família” exprimem uma temática marcadamente existencial. Envolvidos na teia familiar, por trás do cotidiano, os protagonistas vislumbram o advento de uma mudança na linha de seus destinos e papel social.
O desempenho feminino no seu papel de dona-de-casa, onde ela define e cria sua identidade própria, trás um olhar que aponta para o detalhe. Diante dos limites da casa, os pormenores adquirem uma nova dimensão e colhem pensamentos e sentimentos que demonstram o desejo de viver e verificar a consistência da vida.

“O livro aponta para o metafísico”
(Vera Moraes, O Povo, 24/12/06)

Para exprimir esta subjetividade seu estilo no uso do ‘monólogo interior’ e do ‘discurso indireto livre’ se fazem fundamentais.

Em 1961 publica “A Maça no Escuro” e ganha prêmios enquanto ocupa deu tempo trabalhando para o jornal Correio da Manhã e para as revistas Manchete e Fatos e Fotos.
Em 1967 um cigarro aceso enquanto dormia provoca um incêndio e queima seus braços e pernas, afetando alguns de seus movimentos interferindo inclusive em sua assinatura. Inicia um processo de auto-isolamento doméstico enquanto sua popularidade crescia.
De 1967 a 1973 publica crônicas semanais no Jornal do Brasil. Trabalha simultaneamente em seus dois últimos livros (“A Hora da Estrela” e “”) e vêm a falecer de câncer na véspera do seu 52º aniversário em 9 de dezembro de 1977 no Rio de Janeiro.


2. CONTEXTO HISTÓRICO E SÓCIO-CULTURAL

Metáforas insólitas (incomuns), onomatopéias, personificações (de objetos e animais), etc... Ousadias lingüísticas que contrastavam com o realismo documental do momento histórico que caracterizava a década de 1940, o Modernismo e suas expressões regionalistas e realistas.
Desvios dos estilos e das formas narrativas comuns, mudanças no manejo das palavras, na sintaxe das frases e a tentativa de ‘recriação’ do uso da língua portuguesa, variando entre a originalidade e a falta de estrutura ficcional.

“Sua escrita quer alcançar o cerne, o núcleo, o centro das coisas”
(Yudith Rosenbaum, O Povo, 24/12/06)

Ela cria novos torneios sintáticos, novo sentido aos vocábulos, sempre de alguma forma questionando as formas de expressão, culminando nas epifanias: aquele momento da revelação da totalidade, do indizível, entre a banalidade do dia-a-dia. Sua ‘ousadia expressional’, como afirmou Antonio Cândido, revela em sua produção literária a tentativa de definir o perfil da mulher, tendo até sido associada ao movimento feminista – fato visto atualmente como um equívoco.
Enquanto buscava afirmar sua identidade como escritora declarou-se “na verdade, uma dona-de-casa que criava os filhos com uma máquina de escrever no colo”. Tratava em suas obras de temas existenciais e intimistas, conflitos emocionais, revelações psíquicas, etc. De caráter introspectivo e intenso, abusando no uso do ‘discurso indireto livre’, do ‘fluxo de consciência’, no ‘instante-já’ e na ‘onisciência seletiva’, Clarice tornava-se centro de acusações de ‘alienada’ e ‘desengajada’.
Nesta mesma década, o presidente americano John Kennedy é assassinado (1963), os militares tomam o poder no Brasil (revolução de 1964), Glauber Rocha filma “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1963) e “Terra em Transe” (1967); O presidente Médici extingue a UNE em 1968; Caetano Veloso e Gilberto Gil promovem a união das culturas mundiais com o ‘Tropicalismo’ e a aceitação da influência norte-americana; Publica em 1969 o curioso e polêmico romance que começa depois da vírgula e finaliza com dois pontos “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”. Os jargões ideológicos e as soluções pueris dão ao romance uma atmosfera sócio-política característica resultando numa obra “irregular e desajeitada” (Guidim,1998). Tornou-se a única obra da autora com final feliz.
Em janeiro de 1977 concede a única entrevista que fez à televisão. Escreve durante este ano suas ultimas obras ao mesmo tempo: “A Hora da Estrela”, “Um Sopro de Vida” e os contos “A Bela e a Fera” e “Um Dia a Menos”.
Os romances apresentam estruturação semelhante, mas suas personagens são antíteses. Tal oposição coloca os dois romances como espelhados. Seu ato de escrever esteve sempre oscilando, flutuando entre os gêneros literários formais (romance, conto, crônica...) e a ambigüidade.
Principalmente nas suas últimas obras, a tentativa de hermetizá-los num gênero específico é irrelevante. Sua escrita subverte a linguagem numa narrativa contemporânea de estruturação inovadora e a-histórica.
Contra a rígidas da forma Clarice escreve algo de anti-dogmático, palavras que dizem ora uma coisa, ora outra:

“É uma escrita à deriva, maleável, inquieta, transformadora”
(Castello, 1998)


3. ENREDO DE “UMA GALINHA”

Neste conto Clarice não usa seus recursos lingüísticos mais comuns, explorando levemente a onisciência seletiva. Narrado em terceira pessoa, ela vai descrevendo o que deveria ser os últimos momentos de uma galinha doméstica. Com uma comicidade aflorada, Clarice relata o momento em que a família iria dar inicio ao preparo do almoço cujo prato principal era, justamente, a galinha.
Mas surpresa geral a galinha apreende em fuga e no momento em que é capturada, ainda de sobressalto, põe um ovo. A comoção é geral e a galinha ganha um novo status na família e o direito de permanecer viva na cozinha por tempo indeterminado, talvez pra sempre.
As sensações e os sentimentos da família com relação à galinha referem-se principalmente ao peso na consciência e questionam-se sobre a maldade travada contra uma gestante (perseguições e juras de morte). A própria filha se dispõe a uma chantagem infantil na qual ameaça a todos de que nunca mais irá comer galinha se matarem esta.
O conto finda numa epifania, ou simplesmente no óbvio destino de uma galinha domestica: a panela.


4. ELEMENTOS ESTILÍSTICOS E TEMÁTICOS

O tema é o cotidiano: um dia qualquer, uma família, um almoço, uma galinha... Reflete sobre a realidade social brasileira e mais ainda sobre os sentimento e sensações desta mesma sociedade diante da realidade. Essa condição do espaço social e intimo da família e de seus sentimentos nos faz perceber sua eficácia discursiva através das imagens de deslocamentos de sentidos, ações abruptas e sensações duplas.
Identifica-se neste conto a ‘onisciencia seletiva’ verificada nio quinto parágrafo e a ‘epifania’ encontrada no parágrafo derradeiro. No demais a narrativa se caracteriza pelo alto nível do senso de humor, chegando a lembrar as ‘Comédias da Vida Privada’ de Luiz Fernando Veríssimo.
As comparações que fazem de Clarice Lispector com autores como Katherine Mansfield, James Joyce, Marcel Proust e outros não se verifica facilmente neste conto.


5. CONCLUSÕES E HILAÇÕES

Clarice Gurgel Valente é como umpoço de profundidade desconhecida. Apesar de sua obra não ser de volumes exagerados, seu conteúdo trancende o simples texto literário. Ler e reler Clarice é um conselho e uma recomendação unívoca e unânime entre os teóricos e críticos da literatura.
Escolher um estilo para situar Clarice é considerado um erro cresso. Fazer isso seria como calçar um sapato menos que seu número. Clarice extrapola as classificações e experimenta a linguagem maestralmente como o fizeram mais pra ‘trásmente’ Machado de Assis, Oswald de Andrade, Mario de Andrade e seu contemporâneo Guimarães Rosa. Clarice Lispector é indiscutivelmente um divisor de águas da língua portuguesa.



6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Guidim, Márcia Lígia. Roteiro de Leitura A Hora da Estrela de Clarice Lispector. Ed. Ática, São Paulo, 1998.

Jornal O Povo. Caderno Vida & Arte. 24/12/2006, Fortaleza, CE.

Lispector, Clarice. A Cidade Sitiada. Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1998.

Lispector, Clarice. A Via Crucis do Corpo. Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1998.

Lispector, Clarice. Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres. Ed. Rocco, Rio de Janeiro, 1998.

Lispector, Clarice. Laços de Família – Contos. Ed. Francisco Alves, Rio de Janeiro, 1993.

18.1.07

Monografia em Ciências Sociais - "A Capoeira no Ceará"

Tocando berimbau ao final da defesa
Digitando apresentação de slides
Magno, Mestre João e seu neto
Família de Mestre João Pequeno
GCAP - CE ao fundo
 Defendi hoje minha monografia de final de curso. Bem diferente da versão original: "O DESENVOLVIMENTO DE REDES SOCIAIS E INTELIGÊNCIA COLETIVA - O FENÔMENO WEBLOGS" A partir de hoje sou efetivamente um Cientista Social. Agora é engatar o mestrado!!!

Leia na íntegra: Capoeira Cearence

5.1.07

photobucket.com
Pena Surf Festival Paracuru 05.Jan.2007

De olho na série


Pra quem tem surf na veia e mora no Ceará!

MUSICAIS GRANDES MUSICAIS - CineClube Casa Amarela

Nos meses de janeiro e fevereiro o CineClube Casa Amarela fará uma homenagem em resgate aos grandes musicais da chamada época de ouro de Hollywood. A programação trará filmes realizados nas décadas de 40 e 50, quando a Metro-Goldwyn-Mayer levou às telas obras inesquecíveis como O MÁGICO DE OZ (1939), SINFONIA DE PARIS (1951) e CANTANDO NA CHUVA (1952), consagrando-se como estúdio responsável pelos títulos definitivos do gênero. Ao final de fevereiro, a mostra será encerrada com o documentário MUSICAIS GRANDES MUSICAIS (1996), um precioso apanhado de cenas de bastidores e depoimentos de pessoas que participaram de alguns dos maiores acontecimentos do cinema, como Gene Kelly, Arthur Freed, Vincente Minnelli, entre outros. Será exposto também um mural de fotos e textos com biografias de atores, diretores, compositores e produtores. A seguir, veja a programação:

Janeiro:

08/01 – O MÁGICO DE OZ (The Wizard of Oz, 1939. D: Victor Fleming)
15/01 - MARUJOS DO AMOR (Anchors Aweigh, 1945. D: George Sidney)
22/01 - DESFILE DE PÁSCOA (Easter Parade, 1948. D: Charles Walters)
29/01 - SINFONIA DE PARIS (An American in Paris, 1951. D: Vincente Minnelli)

Fevereiro:

05/02 - CANTANDO NA CHUVA (Singin’ in the Rain, 1952. D: Gene Kelly e Stanley Donen)
12/02 – DÁ-ME UM BEIJO (Kiss Me Kate, 1953. D: George Sidney)
19/02 - SETE NOIVAS PARA SETE IRMÃOS (Seven Brides for Seven Brothers, 1954. D: Stanley Donen)
26/02 - MUSICAIS GRANDES MUSICAIS (Musicals Great Musicals, 1996. D: David Thompson)

Boas sessões.

CineClube Casa Amarela

Segundas-feiras, às 19h. Entrada franca.

Casa Amarela Eusélio Oliveira
Cine Benjamin Abrahão
Av. da Universidade, 2591
Benfica - 60020-180
Fortaleza – CE
Feliz 2007

Entrando 2007 com um blog novo, no novo blogger/google/orkut.Feliz 2007!!!

Veja lá:
Capoeira Cearence