O evento abordou
assuntos altamente pertinentes à responsabilidade ambiental e ao
desenvolvimento social.
Todas as mesas
redondas, palestras, workshops e exibição de documentários foram
voltados ao bem-estar, à reflexão, à ação e ao diálogo,
fomentando as propostas da Agenda 2030 da ONU
(https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/).
Foi um dia inteiro
de debates interessantes que permitiram aprofundar muitas questões
que são pauta nos noticiários de hoje e tendência nas notícias de
amanhã. Ocorreu no dia 5 de maio e foi inteiramente mediado por
jornalistas da Globo News. (https://g1.globo.com/globonews/)
Música,
gastronomia, educação, sociedade e inteligência artificial foram
alguns dos muitos temas abordados e que aconteciam simultâneamente
nos co-workings:
- Impact Hub
(http://saopaulo.impacthub.com.br),
- Civi-co
(http://civi-co.net),
- Spaces
(https://www.spacesworks.com/pt-br/),
- House of All
(https://www.houseofall.co),
- Virgílio 297
(http://www.virgilio297.com.br) e
- Centro Cultural O
Barco (http://barco.art.br).
Tinha ainda o “Point
Prisma”, uma praça provisória com espaço para networking, food
trucks e feirinha de produtos sustentáveis originais.
O evento ofereceu
aos participantes a opção em transitar entre os espaços usando
gratuitamente o serviço da Bikxi (https://bikxi.com.br).
A startup traz uma solução de mobilidade urbana divertida e
ambientalmente consciente. Vale descobrir suas rotas e participar das
promoções. Visite o site, baixe o aplicativo e ganhe diversos
brindes de acordo com sua economia de CO². Foi uma das várias
coisas inusitadas do dia!
Fazer a agenda foi
um desafio. Entre as opções de cases, workshops e exibições de
documentários sobre empreendedorismo, sustentabilidade, sociedade,
inovação, yoga, técnicas de respiração e meditação, fiquei com
a seguinte programação:
1. Case “Cidadãos
Engajados” (https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714199/).
Mediado por Rafael
Coimbra (https://twitter.com/_rafaelcoimbra), foi protagonizado por
Barão Di Sarno (https://web.facebook.com/flavio.barao?_rdc=1&_rdr),
vice-presidente da ONG “A Cidade Precisa de Você”
(https://www.acidadeprecisa.org/)
e sócio-fundador da Questto|Nó (http://www.questtono.com), uma
agência de design estratégico. Apostando na gestão compartilhada
dos espaços públicos, Barão falou sobre os pilares de sua
organização:
- Movimento Maker ou
Do-It-Yourself (https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Maker)
- Cultura Hacker, e;
- Ocupação do
espaço público.
Com foco em design e
arquitetura, a proposta se identifica com a ‘desobediência civil’
responsável e comprometida. Onde o espaço público deixa de ser o
‘lugar de ninguém’ e se torna o ‘lugar de todos’. Onde os
‘espaços de fluxos’ são ocupados por mobiliários urbanos
temporários e perfeitamente engendrados no cotidiano de adultos e
crianças. Ele trouxe exemplos de intervenções incríveis feitas em
comunidades e lugares de grande fluxo de pessoas como no metrô e no
Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo.
2. Case “Geekie”
(https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714518/).
Também mediado por
Rafael Coimbra, trouxe Eduardo Bontempo
(https://www.linkedin.com/in/eduardo-bontempo-b571a417/?locale=pt_BR)
em sua experiência com a Geekie (http://info.geekie.com.br), uma
plataforma adaptativa de aprendizagem. Desde 2011, esta ferramenta de
avaliação escolar permite um processo individualizado de
diagnóstico e sistema de recomendação de matérias. Utilizando
Inteligência Artificial e Machine Learning, seus produtos fornecem
trilhas de aprendizagem personalizada para cada aluno, identificando
individualmente cada dificuldade. Entre os seus produtos estão o
GeekGames (https://geekiegames.geekie.com.br),
focado no ENEM e o GeekieTeste (https://geekieteste.geekie.com.br)
que avalia, diagnostica e fornece um plano de estudos com objetivo
definido por cada aluno. Com suas ferramentas é possível descobrir
a pontuação de cada escola no ENEM e fazer comparações dentro da
melhor rede de escolas do Brasil.
3. Debate “Robôs,
Fake News e a Guerra Eleitoral”
(https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714725/).
Marcelo Lins
(https://twitter.com/marcelolins68) intermediou a discussão com a
participação de Tai Nalon (@tainalon) da “Aos Fatos”
(https://aosfatos.org/) e Fabio Malini
(https://twitter.com/fabiomalini) do Laboratório de Estudos Sobre
Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo
(LABIC – UFES http://www.labic.net).
Fabio Malini começou
falando de sua publicação em junho de 2017 sobre “Como o discurso
de ódio amplia a viralidade do noticiário político no Facebook”
(bit.ly/2HStwqn). Especialmente em ano eleitoral, ao aumento da
polarização de ideias e opiniões, soma-se o grande número de
perfis falsos e sistemas automáticos de gerenciamento e publicação
que inflam as redes sociais de informações duvidosas. Malini
comparou o fenômeno das #fakenews, hoje em dia, com a propagação
massiva de vírus no início da popularização do e-mail, e, da
proliferação dos boatos (ou #hoaxes) quando as conexões de alta
velocidade começaram se tornar comuns.
Sua sinceridade
contundente foi impactante:
“A imprensa de
bolha dominou, domina e dominará o discurso online”.
Tai Nalon, falou
sobre o nascimento de sua empresa de fact-checking (7 de julho de
2015), das suas mais de 1500 checagens (predominantemente de fatos
políticos) e de seus critérios de verificação. Segundo ela, para
se ter objetividade na checagem de fatos é necessário dar nuances e
classificá-los.
Ela também trouxe a
ideia de um robô para o Twitter chamado “Fátima”
(https://aosfatos.org/noticias/aos-fatos-vence-desafio-contra-fake-news-e-desenvolvera-robo-para-twitter/).
Seu nome é uma abreviação de “Fact Machine” e ainda está em
fase de testes. Em breve, ele vai auxiliar na replicação dos fatos
checados. Seu objetivo é chegar ao aplicativo que reina nos
celulares brasileiros, pois segundo ela:
“Nosso problema
real de notícia falsa é o WhatsApp”
Por ser uma rede
social privada que reúne contatos próximos, de confiança e de alta
penetração com mais de 120 milhões de usuários no Brasil, ter um
checador de fatos no WhatsApp é fundamental.
Marcelo Lins lembrou
a iniciativa Les Décodeurs (http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/)
do jornal francês Le Monde (http://www.lemonde.fr)
que usa um bot no Messenger do Facebook e a ferramenta Decodex
(http://www.lemonde.fr/verification/) para ajudar a verificar as
informações que circulam na Internet, encontrar rumores, exageros
ou distorções.
Concluiu-se com
unanimidade que as pessoas ainda estão experimentando o poder e a
responsabilidade de ter voz online. Sendo a Internet lugar de
‘mimimis’ e GIFs engraçadinhos muitas pessoas não se sentem
responsáveis pelo que publicam, compartilham e difundem. Lembrei de
Leonardo Sakamoto (https://twitter.com/blogdosakamoto) que afirmou em
um recente seminário sobre fake news (http://bit.ly/fakenewsCGIbr):
“As pessoas são
responsáveis pelo impacto que suas opiniões causam”.
4. Case
“Inteligência Artificial no Setor de Saúde’
(https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714756/).
Samy
Dana (http://www.samydana.com.br)
apresentou Rafael Figueroa
(https://www.linkedin.com/in/rafafigueroa/),
co-fundador e CEO no Portal Telemedicina
(http://portaltelemedicina.com.br).
A startup é vencedora do 2º Pitch Gov SP
(http://www.pitchgov.sp.gov.br)
e recebe aceleração do programa Google Launchpad
(https://developers.google.com/programs/launchpad/).
Ela reúne em si as três características que nortearam a realização
deste festival: empreendedorismo, sustentabilidade e tecnologia. Esta
solução para a área médica merece todo reconhecimento.
Usando Deep Learning
para realização de exames à distância, a plataforma aumentou a
produtividade dos médicos em até 10 vezes e praticamente eliminou o
erro humano. Realiza cerca de 3 mil exames por dia, reduziu o custo
de um exame a cerca de 10% do valor e os resultados dos laudos
passaram de meses para horas na entrega dos resultados. Possui um dos
melhores e maiores conjuntos de dados tabulados (datasets) existentes
no mundo, o que permite uma acurácia tão grande que é reconhecida
internacionalmente por ser o ‘estado da arte’ em análise de
exames cardiológicos.
A solução permite
que pacientes em locais remotos tenham acesso rápido aos resultados
de exames. Os laudos são feitos por uma equipe de 4 médicos
especialistas que alimentam a inteligência do produto. A plataforma
é capaz de examinar todo histórico ambulatorial do paciente,
fornecer diagnósticos preditivos e antecipar a ocorrência de
possíveis doenças. A garantia de exames bem feitos é baseada na
análise da qualidade dos equipamentos utilizados nos procedimentos.
Estes são monitorados e diagnosticados para predição de possíveis
defeitos técnicos.
Hoje, o Portal
Telemedicina começa a ser implantado na França e em Angola. Está
integrando junto ao SUS de São Paulo mais de 80 sistemas diferentes,
formando assim uma verdadeira ‘BI da Saúde’. E pensar que tudo
começou com um algoritmo que contava estrelas que foi redefinido
para encontrar tumores em um exame.
5. Debate
“Monopólios Digitais”.
Marcelo Lins
conduziu o painel que reuniu Massimo Di Felice
(https://www.massimodifelice.net)
- professor da ECA-USP, pós-doutor em Ciência da Comunicação por
Sorbonne e coordenador do Centro de Pesquisa Internacional Atopos
(https://web.facebook.com/atopos.usp/?_rdc=1&_rdr)
- e Mariana Valente (https://twitter.com/mrnvlnt)
– doutora em Sociologia do Direito pela USP e diretora do
InternetLab (http://www.internetlab.org.br/pt/).
Pessoas, processos,
informações e coisas. Estamos caminhando para a Internet de Tudo
ou, em inglês, Internet of Everything (IoE). A Internet tornou
plausível a ideia do fim das fronteiras e o desenvolvimento da
inteligência maquínica anulou a ideia antropocentrista do humanismo
de que “o homem é capaz de controlar tudo”.
Massimo Di Felice
concentrou sua fala no reconhecimento da hibridização do mundo.
Segundo ele, vivemos a realidade de uma ecologia complexa. O efeito
disso é que nos tornamos cada vez mais ‘info-vivos’. A lógica
da rede é ‘e’ e não ‘ou’, como observou Marshall McLuhan há
décadas atrás. Tudo que é novo tende a existir com tudo que é
antigo, no entanto, a hegemonia e a regulamentação não conseguirá
acompanhar a inovação, cada vez mais acelerada e disruptiva. Como
exemplo, ele citou o recente caso da Catalunha que, na
impossibilidade de se tornar livre da Espanha, cogita existir como um
Estado online baseado em blockchain
(https://pt.wikipedia.org/wiki/Blockchain). Em suas palavras:
“Precisamos
superar a ideia grega de humanos (anthropos) e de política (arte que
integra a Pólis) e incluir os não-humanos no processo político”.
Mariana Valente
lembrou da hegemonia online exercida pelo Facebook com seus 2,4
bilhões de usuários e falou de suas preocupações em termos de
como isso pode afetar o exercício democrático. Como obrigar
legalmente que empresas nos peçam permissão para usar nossos dados
online? Até que ponto é uma troca justa, nossos dados pelas
facilidades dos serviços digitais? Estamos ficando reféns desses
programas da Internet?
Este painél foi o
mais inquietante do dia e tenho certeza que todos saimos com ainda
mais questões do que chegamos...
6. Case “Mudando a
Câmara dos Deputados”
Rafael Coimbra
coordenou a palestra de Rogério Scheidemantel e Cristino Ferri
(https://twitter.com/cristianofaria)
sobre o eDemocracia (https://edemocracia.camara.leg.br)
e o LabHacker da Câmara (http://labhackercd.leg.br).
Nesta última os
palestrantes discorreram sobre o ‘cidadão 2.0’ e o novo
ferramental tecnológico democrático. As falas começaram com a
citação de Catherine Bracy:
“Cidadãos do
século XXI ainda usam ferramentas do século XIX na participação
política”
A dicotomia entre
transparência e participação, entre controle social e visibilidade
é uma questão delicada que é tratada com atenção pelos gestores
do LabHacker. Sua preocupação está em facilitar a participação
popular nos processos legislativos simplificando as informações e
facilitando o acesso a elas através de seus projetos e ferramentas.
Uma dessas
ferramentas é o portal eDemocracia, “criado para ampliar a
participação social no processo legislativo e aproximar cidadãos e
seus representantes por meio da interação digital.” Lá é
possível acompanhar as audiências ao vivo e participar com o envio
de perguntas. Pode-se participar das discussões e votar em projetos
para serem colocados em pauta.
O Laboratório
Hacker da Câmara Legislativa Federal é o 1º no mundo nesses
moldes. Em outras partes do mundo são mais comuns iniciativas de
governo aberto no Poder Executivo. O Laboratório Hacker é
originário de uma hackathon ocorrida em 2013 e criado pela Resolução
49, do mesmo ano. Nasceu com o objetivo de dar transparência e
participação social por meio da gestão de dados públicos.
Articula
parlamentares e sociedade civil no desenvolvimento de ações e
ferramentas que ampliem a participação social no processo
legislativo e
falem sobre
cidadania e tecnologia para diferentes públicos.
São produzidas
ferramentas em código aberto que são liberadas no Github
(https://github.com/labhackercd) sem custos. A elaboração do guia
de Parlamento Aberto em 2017, foi criado para dar um norte à cultura
da transparência e capacitar os órgãos do Legislativo no estímulo
a participação social.
o LabHacker da
Câmara fica no Anexo IV da Câmara, Subsolo, sala 90 e está aberto
a qualquer pessoa interessada. Assista ao vídeo institucional e
acompanhe as atividades em seu canal no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=58&v=tYCfywPzzNA
E se os próprios
espaços da gestão pública servirem para as inovações? Conheça e
entenda como a política institucional se transforma. É uma
tentativa de estimular que mais cidadãos tenham possibilidade de
diálogo e monitorem o trabalho dos governantes.
O festival terminou
em um agradável happy hour com a cerveja Stella Artoir
(https://web.facebook.com/StellaArtoisBrasil/) ao som de:
- DJ Tamenpi
(http://www.sopedradamusical.com)
- Tássia Reis
(http://www.tassiareis.com.br)
- Matheus VK
(https://web.facebook.com/matheusVKoficial/?_rdc=1&_rdr)
Saiba mais sobre o
#GloboNewsPrisma:
Página Oficial
http://www.globonewsprisma.com.br/prisma/minha-agenda
Facebook
Instagram
Documento: “Conheça
experiências inovadoras mostradas no GloboNews Prisma” (video)
http://g1.globo.com/globo-news/globonews-prisma/videos/t/todos-os-videos/v/conheca-experiencias-inovadoras-mostradas-no-globonews-prisma/6732458/
Portal do Bitcoin:
‘Samy Dana Mudou de Opinião a Respeito do Bitcoin? Parece que Sim”
Hypeness: “Fake
News: 4 dicas simples para desmascarar boatos no WhatsApp e nas redes
sociais”
ABVE na mídia:
“Transporte do futuro na Globo News”
Fotos
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