14.5.18

2º Festival Globo News Prisma




O evento abordou assuntos altamente pertinentes à responsabilidade ambiental e ao desenvolvimento social.

Todas as mesas redondas, palestras, workshops e exibição de documentários foram voltados ao bem-estar, à reflexão, à ação e ao diálogo, fomentando as propostas da Agenda 2030 da ONU (https://nacoesunidas.org/pos2015/agenda2030/).

Foi um dia inteiro de debates interessantes que permitiram aprofundar muitas questões que são pauta nos noticiários de hoje e tendência nas notícias de amanhã. Ocorreu no dia 5 de maio e foi inteiramente mediado por jornalistas da Globo News. (https://g1.globo.com/globonews/)

Música, gastronomia, educação, sociedade e inteligência artificial foram alguns dos muitos temas abordados e que aconteciam simultâneamente nos co-workings:
- Impact Hub (http://saopaulo.impacthub.com.br),
- Civi-co (http://civi-co.net),
- Spaces (https://www.spacesworks.com/pt-br/),
- House of All (https://www.houseofall.co),
- Virgílio 297 (http://www.virgilio297.com.br) e
- Centro Cultural O Barco (http://barco.art.br).

Tinha ainda o “Point Prisma”, uma praça provisória com espaço para networking, food trucks e feirinha de produtos sustentáveis originais.

O evento ofereceu aos participantes a opção em transitar entre os espaços usando gratuitamente o serviço da Bikxi (https://bikxi.com.br). A startup traz uma solução de mobilidade urbana divertida e ambientalmente consciente. Vale descobrir suas rotas e participar das promoções. Visite o site, baixe o aplicativo e ganhe diversos brindes de acordo com sua economia de CO². Foi uma das várias coisas inusitadas do dia!

Fazer a agenda foi um desafio. Entre as opções de cases, workshops e exibições de documentários sobre empreendedorismo, sustentabilidade, sociedade, inovação, yoga, técnicas de respiração e meditação, fiquei com a seguinte programação:
1. Case “Cidadãos Engajados” (https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714199/).

Mediado por Rafael Coimbra (https://twitter.com/_rafaelcoimbra), foi protagonizado por Barão Di Sarno (https://web.facebook.com/flavio.barao?_rdc=1&_rdr), vice-presidente da ONG “A Cidade Precisa de Você” (https://www.acidadeprecisa.org/) e sócio-fundador da Questto|Nó (http://www.questtono.com), uma agência de design estratégico. Apostando na gestão compartilhada dos espaços públicos, Barão falou sobre os pilares de sua organização:
- Movimento Maker ou Do-It-Yourself (https://pt.wikipedia.org/wiki/Movimento_Maker)
- Cultura Hacker, e;
- Ocupação do espaço público.

Com foco em design e arquitetura, a proposta se identifica com a ‘desobediência civil’ responsável e comprometida. Onde o espaço público deixa de ser o ‘lugar de ninguém’ e se torna o ‘lugar de todos’. Onde os ‘espaços de fluxos’ são ocupados por mobiliários urbanos temporários e perfeitamente engendrados no cotidiano de adultos e crianças. Ele trouxe exemplos de intervenções incríveis feitas em comunidades e lugares de grande fluxo de pessoas como no metrô e no Largo da Batata, na Zona Oeste de São Paulo.

Também mediado por Rafael Coimbra, trouxe Eduardo Bontempo (https://www.linkedin.com/in/eduardo-bontempo-b571a417/?locale=pt_BR) em sua experiência com a Geekie (http://info.geekie.com.br), uma plataforma adaptativa de aprendizagem. Desde 2011, esta ferramenta de avaliação escolar permite um processo individualizado de diagnóstico e sistema de recomendação de matérias. Utilizando Inteligência Artificial e Machine Learning, seus produtos fornecem trilhas de aprendizagem personalizada para cada aluno, identificando individualmente cada dificuldade. Entre os seus produtos estão o GeekGames (https://geekiegames.geekie.com.br), focado no ENEM e o GeekieTeste (https://geekieteste.geekie.com.br) que avalia, diagnostica e fornece um plano de estudos com objetivo definido por cada aluno. Com suas ferramentas é possível descobrir a pontuação de cada escola no ENEM e fazer comparações dentro da melhor rede de escolas do Brasil.

3. Debate “Robôs, Fake News e a Guerra Eleitoral” (https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714725/).

Marcelo Lins (https://twitter.com/marcelolins68) intermediou a discussão com a participação de Tai Nalon (@tainalon) da “Aos Fatos” (https://aosfatos.org/) e Fabio Malini (https://twitter.com/fabiomalini) do Laboratório de Estudos Sobre Imagem e Cibercultura da Universidade Federal do Espírito Santo (LABIC – UFES http://www.labic.net).

Fabio Malini começou falando de sua publicação em junho de 2017 sobre “Como o discurso de ódio amplia a viralidade do noticiário político no Facebook” (bit.ly/2HStwqn). Especialmente em ano eleitoral, ao aumento da polarização de ideias e opiniões, soma-se o grande número de perfis falsos e sistemas automáticos de gerenciamento e publicação que inflam as redes sociais de informações duvidosas. Malini comparou o fenômeno das #fakenews, hoje em dia, com a propagação massiva de vírus no início da popularização do e-mail, e, da proliferação dos boatos (ou #hoaxes) quando as conexões de alta velocidade começaram se tornar comuns.
Sua sinceridade contundente foi impactante:

“A imprensa de bolha dominou, domina e dominará o discurso online”.

Tai Nalon, falou sobre o nascimento de sua empresa de fact-checking (7 de julho de 2015), das suas mais de 1500 checagens (predominantemente de fatos políticos) e de seus critérios de verificação. Segundo ela, para se ter objetividade na checagem de fatos é necessário dar nuances e classificá-los.
Ela também trouxe a ideia de um robô para o Twitter chamado “Fátima” (https://aosfatos.org/noticias/aos-fatos-vence-desafio-contra-fake-news-e-desenvolvera-robo-para-twitter/). Seu nome é uma abreviação de “Fact Machine” e ainda está em fase de testes. Em breve, ele vai auxiliar na replicação dos fatos checados. Seu objetivo é chegar ao aplicativo que reina nos celulares brasileiros, pois segundo ela:

“Nosso problema real de notícia falsa é o WhatsApp”
Por ser uma rede social privada que reúne contatos próximos, de confiança e de alta penetração com mais de 120 milhões de usuários no Brasil, ter um checador de fatos no WhatsApp é fundamental.

Marcelo Lins lembrou a iniciativa Les Décodeurs (http://www.lemonde.fr/les-decodeurs/) do jornal francês Le Monde (http://www.lemonde.fr) que usa um bot no Messenger do Facebook e a ferramenta Decodex (http://www.lemonde.fr/verification/) para ajudar a verificar as informações que circulam na Internet, encontrar rumores, exageros ou distorções.

Concluiu-se com unanimidade que as pessoas ainda estão experimentando o poder e a responsabilidade de ter voz online. Sendo a Internet lugar de ‘mimimis’ e GIFs engraçadinhos muitas pessoas não se sentem responsáveis pelo que publicam, compartilham e difundem. Lembrei de Leonardo Sakamoto (https://twitter.com/blogdosakamoto) que afirmou em um recente seminário sobre fake news (http://bit.ly/fakenewsCGIbr):

“As pessoas são responsáveis pelo impacto que suas opiniões causam”.

4. Case “Inteligência Artificial no Setor de Saúde’ (https://globosatplay.globo.com/globonews/v/6714756/).

Samy Dana (http://www.samydana.com.br) apresentou Rafael Figueroa (https://www.linkedin.com/in/rafafigueroa/), co-fundador e CEO no Portal Telemedicina (http://portaltelemedicina.com.br). A startup é vencedora do 2º Pitch Gov SP (http://www.pitchgov.sp.gov.br) e recebe aceleração do programa Google Launchpad (https://developers.google.com/programs/launchpad/). Ela reúne em si as três características que nortearam a realização deste festival: empreendedorismo, sustentabilidade e tecnologia. Esta solução para a área médica merece todo reconhecimento.

Usando Deep Learning para realização de exames à distância, a plataforma aumentou a produtividade dos médicos em até 10 vezes e praticamente eliminou o erro humano. Realiza cerca de 3 mil exames por dia, reduziu o custo de um exame a cerca de 10% do valor e os resultados dos laudos passaram de meses para horas na entrega dos resultados. Possui um dos melhores e maiores conjuntos de dados tabulados (datasets) existentes no mundo, o que permite uma acurácia tão grande que é reconhecida internacionalmente por ser o ‘estado da arte’ em análise de exames cardiológicos.

A solução permite que pacientes em locais remotos tenham acesso rápido aos resultados de exames. Os laudos são feitos por uma equipe de 4 médicos especialistas que alimentam a inteligência do produto. A plataforma é capaz de examinar todo histórico ambulatorial do paciente, fornecer diagnósticos preditivos e antecipar a ocorrência de possíveis doenças. A garantia de exames bem feitos é baseada na análise da qualidade dos equipamentos utilizados nos procedimentos. Estes são monitorados e diagnosticados para predição de possíveis defeitos técnicos.

Hoje, o Portal Telemedicina começa a ser implantado na França e em Angola. Está integrando junto ao SUS de São Paulo mais de 80 sistemas diferentes, formando assim uma verdadeira ‘BI da Saúde’. E pensar que tudo começou com um algoritmo que contava estrelas que foi redefinido para encontrar tumores em um exame.

5. Debate “Monopólios Digitais”.

Marcelo Lins conduziu o painel que reuniu Massimo Di Felice (https://www.massimodifelice.net) - professor da ECA-USP, pós-doutor em Ciência da Comunicação por Sorbonne e coordenador do Centro de Pesquisa Internacional Atopos (https://web.facebook.com/atopos.usp/?_rdc=1&_rdr) - e Mariana Valente (https://twitter.com/mrnvlnt) – doutora em Sociologia do Direito pela USP e diretora do InternetLab (http://www.internetlab.org.br/pt/).

Pessoas, processos, informações e coisas. Estamos caminhando para a Internet de Tudo ou, em inglês, Internet of Everything (IoE). A Internet tornou plausível a ideia do fim das fronteiras e o desenvolvimento da inteligência maquínica anulou a ideia antropocentrista do humanismo de que “o homem é capaz de controlar tudo”.



Massimo Di Felice concentrou sua fala no reconhecimento da hibridização do mundo. Segundo ele, vivemos a realidade de uma ecologia complexa. O efeito disso é que nos tornamos cada vez mais ‘info-vivos’. A lógica da rede é ‘e’ e não ‘ou’, como observou Marshall McLuhan há décadas atrás. Tudo que é novo tende a existir com tudo que é antigo, no entanto, a hegemonia e a regulamentação não conseguirá acompanhar a inovação, cada vez mais acelerada e disruptiva. Como exemplo, ele citou o recente caso da Catalunha que, na impossibilidade de se tornar livre da Espanha, cogita existir como um Estado online baseado em blockchain (https://pt.wikipedia.org/wiki/Blockchain). Em suas palavras:

“Precisamos superar a ideia grega de humanos (anthropos) e de política (arte que integra a Pólis) e incluir os não-humanos no processo político”.

Mariana Valente lembrou da hegemonia online exercida pelo Facebook com seus 2,4 bilhões de usuários e falou de suas preocupações em termos de como isso pode afetar o exercício democrático. Como obrigar legalmente que empresas nos peçam permissão para usar nossos dados online? Até que ponto é uma troca justa, nossos dados pelas facilidades dos serviços digitais? Estamos ficando reféns desses programas da Internet?

Este painél foi o mais inquietante do dia e tenho certeza que todos saimos com ainda mais questões do que chegamos...



6. Case “Mudando a Câmara dos Deputados”

Rafael Coimbra coordenou a palestra de Rogério Scheidemantel e Cristino Ferri (https://twitter.com/cristianofaria) sobre o eDemocracia (https://edemocracia.camara.leg.br) e o LabHacker da Câmara (http://labhackercd.leg.br).

Nesta última os palestrantes discorreram sobre o ‘cidadão 2.0’ e o novo ferramental tecnológico democrático. As falas começaram com a citação de Catherine Bracy:

“Cidadãos do século XXI ainda usam ferramentas do século XIX na participação política”

A dicotomia entre transparência e participação, entre controle social e visibilidade é uma questão delicada que é tratada com atenção pelos gestores do LabHacker. Sua preocupação está em facilitar a participação popular nos processos legislativos simplificando as informações e facilitando o acesso a elas através de seus projetos e ferramentas.

Uma dessas ferramentas é o portal eDemocracia, “criado para ampliar a participação social no processo legislativo e aproximar cidadãos e seus representantes por meio da interação digital.” Lá é possível acompanhar as audiências ao vivo e participar com o envio de perguntas. Pode-se participar das discussões e votar em projetos para serem colocados em pauta.
O Laboratório Hacker da Câmara Legislativa Federal é o 1º no mundo nesses moldes. Em outras partes do mundo são mais comuns iniciativas de governo aberto no Poder Executivo. O Laboratório Hacker é originário de uma hackathon ocorrida em 2013 e criado pela Resolução 49, do mesmo ano. Nasceu com o objetivo de dar transparência e participação social por meio da gestão de dados públicos.

Articula parlamentares e sociedade civil no desenvolvimento de ações e ferramentas que ampliem a participação social no processo legislativo e
falem sobre cidadania e tecnologia para diferentes públicos.

São produzidas ferramentas em código aberto que são liberadas no Github (https://github.com/labhackercd) sem custos. A elaboração do guia de Parlamento Aberto em 2017, foi criado para dar um norte à cultura da transparência e capacitar os órgãos do Legislativo no estímulo a participação social.

o LabHacker da Câmara fica no Anexo IV da Câmara, Subsolo, sala 90 e está aberto a qualquer pessoa interessada. Assista ao vídeo institucional e acompanhe as atividades em seu canal no YouTube:
https://www.youtube.com/watch?time_continue=58&v=tYCfywPzzNA

E se os próprios espaços da gestão pública servirem para as inovações? Conheça e entenda como a política institucional se transforma. É uma tentativa de estimular que mais cidadãos tenham possibilidade de diálogo e monitorem o trabalho dos governantes.

O festival terminou em um agradável happy hour com a cerveja Stella Artoir (https://web.facebook.com/StellaArtoisBrasil/) ao som de:

Saiba mais sobre o #GloboNewsPrisma:

Página Oficial
http://www.globonewsprisma.com.br/prisma/minha-agenda

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Instagram

Documento: “Conheça experiências inovadoras mostradas no GloboNews Prisma” (video)
http://g1.globo.com/globo-news/globonews-prisma/videos/t/todos-os-videos/v/conheca-experiencias-inovadoras-mostradas-no-globonews-prisma/6732458/

Portal do Bitcoin: ‘Samy Dana Mudou de Opinião a Respeito do Bitcoin? Parece que Sim”

Hypeness: “Fake News: 4 dicas simples para desmascarar boatos no WhatsApp e nas redes sociais”

ABVE na mídia: “Transporte do futuro na Globo News”

Fotos
https://photos.app.goo.gl/8APOghaRbwUwQgne2

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