30.4.18

O Progresso da Web Nativa com #PWA e #Chatbots - Parte II



Esta é a segunda parte do texto sobre o 46º Meetup da Comunidade @onerdzao (https://web.facebook.com/nerdzao/) em parceria com o @THTbr (https://www.facebook.com/ThingsHackerTeam/).

Eduardo Moraes Ritter da Tirrell (https://www.tirrell.com.br) apresentou "A Era da Mobilidade com Chatbots" onde abordou fundamentalmente como criar chatbots, os pontos fortes da solução, cases e dados diversos.

O que é um chatbot? Segundo Matt Schlicht (CEO of Octane AI https://octaneai.com e fundador da Chatbots Magazine https://chatbotsmagazine.com), o “Chatbot é um serviço baseado em regras ou inteligência artificial em que você interage por uma interface conversacional”. O objetivo dos bots em plataformas web, de modo geral, é entregar conteúdo relevante na hora certa, obtendo assim alto engajamento.

Os pontos fortes são muitos:
- Linguagem natural;
- Baixo Custo;
- Fácil implementação;
- Sem a necessidade de downloads;
- Adaptável ao usuário;
- Aprendizado constante.

Entre eles, a característica mais marcante dos chatbots é a comunicação fácil com os usuários. Isso se dá por causa de sua interface conversacional focada em 'micro-momentos' e treinada por Inteligência Artificial.

A interação conversacional permitida pelo chatbot é cada vez mais humanizada e rapidamente pode ser alterada de acordo com o perfil do usuário. Num ambiente onde curtidas, views, compartilhamentos e seguidores são poderosos e cada vez mais valiosos, entregar o conteúdo preciso na hora certa provoca ares de encantamento.

A palavra-chave aqui é 'hora-certa'.

Há três anos um artigo mudou por completo o modelo mental do mundo do marketing. Em abril de 2015, Sridahr Ramaswamy publicou o artigo "How micromoments are changing rules" (https://www.thinkwithgoogle.com/marketing-resources/micro-moments/how-micromoments-are-changing-rules/) onde ele definia e classificava os 'micro-momentos' em quatro tipos básicos:
- Eu quero saber;
- Eu quero ir;
- Eu quero fazer;
- Eu quero comprar.

Segundo ele, o dia de uma pessoa comum está repleto de momentos decisivos que são definidos com a ajuda de interfaces tecnológicas, especialmente pelas telas dos smarthphones. É nesse contexto que os chatbots se tornam cruciais. Os dados disponibilizados pelo Google sobre os 'micro-momentos' dizem muita coisa:
- 82% dos usuários consultam seus smartphones durante uma compra dentro da loja;
- 91% consultam seus smartphones atrás de idéias no meio de uma tarefa;
- 66% procuram nos seus smartphones algo que acabaram de ver na TV.

Com linguagens simples e interfaces amigáveis, rápidas e assertivas, os bots auxiliam as pessoas nas tomadas de decisão diárias e fortalecem o relacionamento entre clientes e marcas; entre pessoas e produtos. No Brasil já existem muitos exemplos de bots de sucesso e que são indispensáveis no dia-a-dia das pessoas. No país, calcula-se que hoje mais de 50 empresas já são especializadas em desenvolvimento de chatbots.

Da reunião de desenvolvedores interessados em interfaces conversacionais, inteligência artificial e machine learning nasceu a Bots Brasil (https://medium.com/botsbrasil). A comunidade organiza eventos e encontros em diversas cidades, cataloga os bots em atividade e faz uma eleição por voto popular e de especialistas para escolher os melhores bots do ano em 5 categorias (serviços, ecommerce, mídia, entretenimento e assistentes pessoais). Conheça os vencedores do Bots Brasil Awards de 2017:

http://idgnow.com.br/ti-corporativa/2018/02/05/bots-brasil-awards-anuncia-os-melhores-chatbots-de-2017/

Os bots são facilmente encontrados nas plataformas Facebook Messenger, Telegram, Twitter e até no SMS. No Twitter já tem até bot para identificar bots. É a função do Pegabot (https://pegabot.com.br). Idealizado pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (https://itsrio.org/pt/home/) e desenvolvido pela turma do AppCívico (https://appcivico.com/pt/estudo-de-caso/), o programa foi criado para ajudar as pessoas a reconhecerem contas e perfis automáticos que muitas vezes são vetores de notícias falsas, conteúdos enganosos e informações incorretas ou caluniosas.

Conheça outros Bot-cases:
Fabi Grossi - SaferNet (Cidadania)
Baianinho (Casas Bahia) https://www.messenger.com/t/CasasBahia
Imposto fácil https://www.messenger.com/t/impostofacil
Kayak (Turismo) https://www.messenger.com/t/kayak
Harlio (eCommerce) http://www.harlio.com
Swelly (Help Decisions) https://www.messenger.com/t/swell.bot

O WhatsApp está deixando muita gente maluca de ansiedade com as notícias sobre se tornar uma ferramenta de pagamentos e de negócios. Sobre o 'WhatsApp Payment' pouco se sabe, mas o 'WhatsApp Business' já está em fase de testes no Brasil e boatos sinalizam que o Itaú, o iFood e a Netflix são o primeiros a sentir o poder dos chatbots como interface de relacionamento na plataforma que está presente em 96% dos smartphones brasileiros cujo acesso diário é de 98% dos usuários.

De acordo os com dados trazidos por Eduardo Ritter, "74% dos usuários do WhatsApp querem se comunicar com empresas pelo aplicativo". Ele falou também sobre as numerosas inteligências artificiais disponíveis no mercado, parte delas sendo desenvolvidas por gigantes da indústria da informática como IBM, Microsoft, Amazon e Google.

O Facebook também deu um grande estímulo ao mercado de bots ao permitir, em abril de 2016, a criação deles para o seu aplicativo de mensagens, o Messenger. As polêmicas recentes envolvendo a Cambridge Analytica e o Facebook fizeram os serviços serem mais regulados e durante vários dias nenhum bot foi aprovado. Hoje já está tudo normalizado.

Os chatbots são cada vez mais pervasivos e tendem a ser a ferramenta central na comunicação entres pessoas, empresas e serviços. É um mercado promissor para desenvolvedores e se sua empresa ainda não tem um bot para chamar de seu, se liga que os seus concorrentes têm.

Fontes:
https://medium.com/botsbrasil/qual-o-melhor-modelo-de-negócio-para-o-seu-chatbot-d294add348ff
https://medium.com/botsbrasil/chatbots-e-o-imediatismo-dos-micro-momentos-1ef1b818bfa7
https://medium.com/botsbrasil/chatbots-e-os-micro-momentos-cddffd76af53
https://www.thinkwithgoogle.com/marketing-resources/micro-moments/how-micromoments-are-changing-rules/
https://www.thinkwithgoogle.com/intl/pt-br/marketing-resources/micro-momentos/how-micromoments-are-changing-rules/

O Progresso da Web Nativa com #PWA e #Chatbots - Parte I


No dia 9 de abril as comunidades Nerdzão e THT reuniram forças para realizar um encontro incrível.

Foram duas palestras instigantes sobre os assuntos mais quentes em desenvolvimento web do momento: PWA e Chatbots.

Neste primeiro artigo falarei sobre a palestra "PWA: a revolução da web nativa com Angular e Firebase" de Victor Matheus Jesus Caetano (https://github.com/victormath12).

Uma Progressive Web App é uma aplicação para a World Wide Web com características e funções similares a um aplicativo para dispositivos móveis, ou seja, é uma técnica que permite desenvolver aplicações web com funcionalidades que antes só eram encontradas em apps nativos.

Victor falou sobre as vantagens e facilidades em se implementar um PWA usando o framework de Javascript Angular e a plataforma Firebase. É empolgante notar as vantagens de uma aplicação com estas características.

Recomendado para Startups com baixo orçamento e pressa em prototipar um produto funcional, as PWA vem ganhado destaque no mercado e atenção de grandes players por diversos motivos além dos custos.

Começar com um aplicativo numa app store é uma tarefa que dispende tempo. Errar rápido é cada vez mais importante. Começar com um webapp permite mais rapidez, são mais práticos, mais econômicos, permitem alto grau de engajamento e são multiplataforma.

'Push notifications', 'funcionamento offline', 'geolocalização' e 'ícone na home screen' eram as estrelas dos apps nativos e hoje são facilmente implementados num webapp. A adesão a esta tecnologia deve ser ainda maior já que desde dezembro de 2017 o navegador da Apple, o Safari, permite essas funções.

Além de ser atraente ao usuário, com interações fluidas e objetivas, a experiência do usuário é valorizada em termos de confiabilidade (PWA só roda em https) e rapidez.

A sigla mágica PWA leva muitos desenvolvedores a questionar qual seria a palavra mais importante. Para alguns é a palavra 'App', já que com ele os sites se tornam instaláveis. Para outros é palavra 'Web', pois seu desenvolvimento é feito em HTML5, JS e CSS3. Para outros, no entanto, ser "Progressive" é seu melhor diferencial já que reúne em si o melhor dos dois mundos.

Estatísticas recentes demonstram que a farra dos apps está em sensível depressão. Segundo dados do Google:

- 60% de todos os apps, nunca foram sequer baixados;
- Mais de 65% dos usuários de smartphones, não fazem nenhum download de aplicativo por mês;
- Dos 1,5 milhões de aplicativos na Google Play Store, somente alguns poucos milhares tem algum engajamento;
- Os usuários de smartphones gastam 80% do tempo usando apenas os mesmo 5 apps.

Estas informações tornam os investimentos em aplicativos um tanto arriscados, no entanto, os webapps não vieram para substituir as apps, são seus complentares diretos. Segundo dados divulgados pelo maior ecommerce indiano, o Flipkart (https://www.flipkart.com ), a adoção do PWA gerou um aumento de 70% no engajamento dos clientes afetando positivamente as demais plataformas. A Google, a Microsoft e, agora, a Apple estão fomentando o mercado o que já é um bom motivo para incluir esse verbete nos seus projetos futuros.

Principais características do PWA:
- Responsivo: feito para qualquer dispositivo (desktop, tablet e mobile);
- Conectivo: funciona mesmo se o usuário estiver offline;
- App-like: experiência de uso igual a um aplicativo nativo;
- Atualizado: o browser detecta e atualiza automaticamente, quando necessário;
- Seguro: somente com https;
- Engajável: as push notifications permitem constante interação com o usuário;
- Instalável: é possível adicionar um ícone na tela principal do smartphone com apenas um clique.

Confira alguns exemplos de uso de PWA:
https://developers.google.com/web/showcase/2017/

Fontes:
App Builder GoodBarber - https://pt.goodbarber.com/pwa/
iMasters - https://imasters.com.br/desenvolvimento/pwa-progressive-web-apps-e-o-minimo-que-voce-precisa-saber-respeito/
iMasters - https://imasters.com.br/desenvolvimento/progressive-web-apps-palavra-chave-e-web-nao-app/
Tableless - https://tableless.com.br/introducao-aos-progressive-web-apps/
Concrete Solutions - https://www.concrete.com.br/2017/02/24/progressive-web-apps/

22.4.18

Seminário “Desafios da Internet no Debate Democrático e nas Eleições”


As redes sociais digitais nunca mereceram tanto o nome de Mídias Sociais.

Hoje elas atuam na modulação do comportamento (e da identidade) causando um fenômeno de massa que espelha todo o encantamento, o furor e a insanidade que eram comuns no início da TV aberta ou na invenção do rádio como broadcast.

Enquanto o Supremo Tribunal Federal (STF http://portal.stf.jus.br) julgava o habeas-corpus do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, um grupo - de jornalistas, operadores do direito, especialistas do terceiro setor, da comunidade científica e tecnológica, representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE http://www.tse.jus.br), da Presidência da República (http://www2.planalto.gov.br) e das plataformas Google (google.com), Facebook (facebook.com) e Twitter (twitter.com) - se reunia na sede do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) em São Paulo para pertinentes discussões sobre #fakenews, #factchecking, #bots, #hoaxes, #socialmedia, #política e #eleições2018 .

No mundo onde as análises de dados e de comportamento organizam as prateleiras de super-mercados para subliminarmente conduzir nossas vontades (nos fazendo consumir produtos que muitas vezes nem precisamos), as preocupações se voltam para a deformação das opiniões, para o aviltamento de personalidades, para os riscos das falsas notícias e para o uso anti-ético de robôs na disseminação das informações.

Coincidência ou não, foi no Dia do Profissional Digital, 04 de abril, conhecido #404DigitalDay, que o CGI.br promoveu esta série de debates marcantes com os seguintes temas:
1. Definições fundamentais sobre discurso de ódio e fake news;
2. Perfis alternativos, identidades múltiplas e robôs;
3. Detecção de fraude informativa e ação logarítmica;
4. Informação correta, vigilância e fact-checking;
5. Hands on: O que as plataformas estão fazendo.

Com serenidade os debatedores falaram sobre suas constatações e fizeram projeções sobre como a propaganda política computacional em nosso modelo de ciberdemocracia poderá afetar o curso da história política, econômica e social no país.

O professor Wilson Gomes (https://twitter.com/willgomes - UFBA - https://www.ufba.br/) foi contundente ao afirmar que "Política é a arte de difamar os outros" e lembrou que injúrias e difamações são práticas políticas antigas mas que agora estão potencializadas por uma mídia onipresente, de difícil controle e avessa a regulamentações.



Ainda segundo o professor Wilson Gomes "estamos numa guerra ideológica cujas principais armas são as mentiras, falácias e manipulações. Estamos sendo empurrados para dois lados opostos de uma guerra ideológica travada no mundo real e incansavelmente estimulada no mundo digital".

O jornalista Leonardo Sakamoto (https://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br) concordou com o professor e contou como foi ojerizado e agredido em locais públicos por expor suas posições em redes sociais. Longe de se fazer de vítima, ele reafirmou que "as pessoas são responsáveis pelo impacto que suas opiniões causam".

Ambos os pensadores demonstraram preocupar-se com o fato de as pessoas em grande parte não saberem diferenciar notícias de opiniões e apontaram para uma espécie de "pan-fakenização" do mundo. Por serem atingidas ubiquamente por publicações volumosas direcionadas a perfis específicos, a autonomia da vontade pode estar encapsulada e ser subliminarmente manipulada de modo incansável.

Para o presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP http://www.tre-sp.jus.br), o desembargador Carlos Eduardo Cauduro Padin, fiscalizar e facilitar o acesso a informação é função prioritária da Justiça Eleitoral. Diante do volume crescente das notícias falsas propagadas na internet e de outros abusos dos meios de comunicação, todos os TREs do país estão focados no monitoramento dessas atividades desde já, e, especialmente durante o período eleitoral. Mas salienta o papel fundamental da sociedade civil no combate à desinformação e das demais instituições públicas.

-

Quase 70% das noticias lidas na internet são através do Facebook ou do Google. O Twitter possui menor penetração que as outras plataformas, 9%, mas seus usuários tem como característica a densa concentração de stakeholders, influenciadores, decisores e difusores de alta reputação.

O WhatsApp é a ferramenta mais utilizada pelo brasileiro (89%) e é provavelmente a maior responsável pelo alastramento rápido da boataria (hoaxes), no entanto, suas políticas de privacidade e sua característica de comunicador privado impedem inferências mais profundas. Estima-se que o WhatsApp tenha em 2018 cerca de 120 milhões de usuários ativos em um Brasil com o número de eleitores em torno de 149 milhões.


Por causa do excesso de informação, pouca gente lê depois do título e quase ninguém lê depois da 3ª ou 4ª linha. Todos os palestrantes concordam que "o jornalismo não é a cura para as fake news justamente por ele ser parte do problema". Existe uma indústria de fake news e pós-verdade que fomenta o crescimento do papel do jornalismo sem necessariamente aumentar sua credibilidade.

A produção do constragimento e o assassinato de reputação são as armas de uma nova guerra midiática ideológica, impetrados por 'startups de ódio político' que agem em nome da liberdade de expressão. Para os juristas presentes, este grupos, organizações e empresas estão, na verdade cometendo um crime.

-

O bot é uma das ferramentas utilizadas nas batalhas de opinião online. Existem milhares deles, específicos para cada plataforma ou generalistas. Existem bots que simulam publicações orgânicas e aqueles que monitoram atividades online. Existem para o bem e para o mal. Além deles, os perfis falsos e perfis ciborgues também compõem o ecossistema de propagadores digitais.

Na democracia ciborgue as tecnologias de anonimização extrapolam os direitos individuais e o respeito coletivo. Colocam em cheque a justiça e o conceito de liberdade. Existe personalidade jurídica para um robô digital? Um script com inteligência artificial tem direito a liberdade de expressão?

O caso do bot Voxer usado até recentemente pelo MBL é um exemplo emblemático do mal uso desta tecnologia. Porém, do lado oposto, outros grupos criam bots que podem ajudar o cidadão comum e mesmo o país como um todo. Conheça alguns deles:

Pegabot (https://pegabot.com.br) Twitter
Rosie (https://twitter.com/RosieDaSerenata) Twitter
Serenata de amor (https://serenata.ai)
Tramitabot (https://radarlegislativo.org/tramitabot/) Telegram

-

Uma decisão polêmica do judiciário permitiu o impulsionamento pago de postagens e proibiu o anonimato. Para muitos isso parece favorecimento do poder econômico e o fim de denúncias importantes. A discussão jurídica vai longe e é estimulada pela participação política que tenta criar cada vez mais leis que visam a proteção mas beiram a censura.

Mesmo assim vários projetos de lei sobre a criminalização para quem compartilha notícias falsas estão sendo propostos ou em tramitação na Camara Federal (http://www2.camara.leg.br):
- PL 9647/2018, de autoria de Heuler Cruvinel (PSD-GO);
- PL 8592/2017, de Jorge Côrte Real (PTB-PE);
- PL 9554/2018, de Pompeo de Mattos (PDT-RS);
- PL 9533/2018, de Francisco Floriano (DEM-RJ), e;
- PL 9761/2018 de Celso Russomanno (PRB-SP).
- PL 6812/17, Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR)

E no Senado (https://www12.senado.leg.br/hpsenado):
- Projeto de Lei 473/2017, de autoria de Ciro Nogueira (PP-PI)

O Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14), no artigo 19, diz: “com o intuito de assegurar a liberdade de expressão e impedir a censura, o provedor de aplicações de internet somente poderá ser responsabilizado civilmente por danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar as providências para, no âmbito e nos limites técnicos do seu serviço e dentro do prazo assinalado, tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente, ressalvadas as disposições legais em contrário”.

-

As redes sociais devem, sim, ser encaradas pelas autoridades como uma questão de Segurança Digital durante o processo eleitoral. Segundo Cristina Tardáquila (Agência Lupa - http://piaui.folha.uol.com.br/lupa/), 48% das frases ditas durante os 90 dias de campanha em 2014, eram falsas.

No meio de toda essa inquietação existe também boas perspectivas. O Brasil está entre os top 10 no ranking mundial de dados abertos. As plataformas convidadas ao evento também se mostraram dedicadas no combate à desinformação.

Envolvidas individualmente e/ou simultâneamente em projetos multinacionais e em parceria com organizações, Estados e empresas, o Google, o Facebook e o Twitter discorreram sobre suas políticas internas a favor da checagem de fatos e contra a disseminação de conteúdo enganoso, de notícias fabricadas e de informações incorretas. Mônica Rosina do Facebook, por exemplo disse que até o fim de 2018 serão 20 mil funcionários dedicados exclusivamente a segurança da informação na plataforma.

Críticas foram direcionadas ao Facebook (WhatsApp e Instagram) por limitar os que podem monitorar o comportamento dos usuários (citaram a IBM - https://www.ibm.com/br-pt/, o SocialBakers - https://www.socialbakers.com e a BrandMetric - http://www.brandmetric.com) enquanto o Google libera gratuitamente diversas ferramntas de monitoração e o Twitter e o Telegram mantêm suas APIs abertas e acessíveis.

----------------------------------------------------------------------------------------

Veículos de Fake News

Folha Política - http://www.folhapolitica.org

Ceticismo Político - https://www.ceticismopolitico.org

MBL - http://mbl.org.br

-----------------------------------------------------------------------------------------

Link para playlist dos video do seminário

https://youtu.be/KwDAqmUnhf4

------------------------------------------------------------------------------------------

O que dizem por aí:
Agência Brasil - http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2018-04/para-especialistas-difusao-de-fake-news-esta-ligada-crise-do-jornalismo
Justiça Eleitoral - http://www.justicaeleitoral.jus.br/tre-sp/imprensa/noticias-tre-sp/2018/Abril/presidente-participa-de-seminario-sobre-papel-da-internet-nas-eleicoes
Revista Fórum - https://www.revistaforum.com.br/medidas-de-combate-as-fake-news-podem-levar-a-censura-e-preveem-ate-prisao/
CGi.br - https://cgi.br/noticia/notas/seminario-do-cgi-br-analisa-solucoes-e-boas-praticas-para-as-fake-news-e-o-discurso-de-odio-na-internet/
InovaJor - http://www.inova.jor.br/2018/04/05/fake-news-noticias-falsas/

Projetos Google
https://www.newsgeist.org/
https://newsinitiative.withgoogle.com/
https://web.facebook.com/festival3i/
https://knightcenter.utexas.edu/pt-br
https://www.credibilidade.org

Projetos Facebook
https://br.newsroom.fb.com
https://web.facebook.com/facebookjournalismproject/?_rdc=1&_rdr
https://aosfatos.org/noticias/aos-fatos-e-facebook-unem-se-para-desenvolver-robo-checadora/
https://br.newsroom.fb.com/news/2018/01/facebook-apoia-projetos-no-brasil-para-combater-desinformacao/
https://web.facebook.com/LupaNews/
https://aosfatos.org/noticias/manuais/
Notícias R7 - https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/mbl-teria-burlado-sistema-para-impulsionar-posts-no-facebook-30032018
Notícias ao Minuto - https://www.noticiasaominuto.com.br/brasil/571092/facebook-desativa-aplicativo-irregular-usado-pelo-mbl
VioMundo - https://www.viomundo.com.br/denuncias/midia-ninja-mbl-usou-voxer-para-assumir-controle-parcial-da-pagina-de-seus-seguidores.html

Resoluções do TSE para as Eleições 2018
TSE - http://www.tse.jus.br/imprensa/noticias-tse/2017/Dezembro/tse-aprova-10-resolucoes-sobre-regras-das-eleicoes-gerais-de-2018
ABRANET - http://www.abranet.org.br/Noticias/TSE-divulga-regras-para-uso-da-Internet-nas-Eleicoes-2018-1717.html?UserActiveTemplate=site#.WtykSR65vIU

19.4.18

3ª Conferência das Comunidades Python do Sudeste - #PythonSudeste 2018


Um evento feito pelas comunidades, para as comunidades.
Durante 3 dias São Paulo sediou um dos maiores encontros de Python do país.

A 3ª #PySE2018 foi realizada nos dias 30, 31 de março e 1º de abril na BandTec (http://www.digitalschool.com.br/faculdade/) com apoio da IDWall (https://idwall.co). Reuniu profissionais, estudantes, comunidades e entusiastas da linguagem que vieram de diversas partes do Brasil.

A organização foi encabeçada pelo Grupy-SP (https://github.com/grupy-sp) com a colaboração de outras comunidades Python e apoio da Associação Python Brasil (http://associacao.python.org.br). O engajamento foi grande e as inscrições foram disputadas. Os ingressos desta edição esgotaram com quase 15 dias de antecedência.

Toda concepção da Python Sudeste é colaborativa. As propostas de conteúdo são escolhidas por votação e todo dinheiro arrecadado volta em benefícios coletivos. O excedente é revertido para entidades de assistência e apoio em eventos futuros. As normas de conduta são levadas bem a sério sendo a política de inclusão e o repúdio ao assédio moral os pilares éticos exigidos no evento.

As Keynotes desta edição foram Paula Granjeiro (http://paulagrangeiro.com.br), Bernardo Fontes (https://github.com/berinhard) e Cassio Botaro (https://www.linkedin.com/in/cássio-botaro-6a2043b1/). Todos membros ativos e colaboradores assíduos da comunidade.

Além das Keynotes, nos três dias foram realizados diversos tutoriais, oficinas - introdutórias e avançadas, palestras técnicas, workshops e ligthning talks. Estas últimas são um show a parte pois permite que os participantes divulguem seus projetos, suas especialidades e interesses em pequenas palestras de até cinco minutos. É divertido, instigante e ajuda a manter as comunidades coesas.

Este ano as trilhas homenagearam mulheres pioneiras no mundo da programação: Ada Lovelace(https://pt.wikipedia.org/wiki/Ada_Lovelace), Grace Hopper (https://pt.wikipedia.org/wiki/Grace_Hopper), Dorothy Vaughan (https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorothy_Vaughan), Mary Jackson (https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Jackson) e Katherine Johnson (https://pt.wikipedia.org/wiki/Katherine_Johnson).

O PyBar é tradição nos encontros da comunidade e ocorreu em todos os dias do evento após a programação oficial em diferentes bares, restaurantes e karaokês de São Paulo. É um dos momentos mais mágicos pois é nessa hora que tiramos nossas dúvidas com descontração, criamos novos laços de amizades, animamos com o networking e encontramos novas oportunidades de trabalho e negócios.

O Python é como o canivete suíço das linguagens de programação pois abrange um grande ecossistema de soluções para web - do frontend ao backend - além de ser largamente utilizada na ciência de dados, no aprendizado de máquina e na inteligência artificial, na internet das coisas e muito mais.

É uma linguagem com crescente hype já há alguns anos. Nos EUA o Python já ultrapassou o Java como linguagem número 1 no ensino acadêmico e no Brasil a tendência é forte também nesse sentido. Características como a acentuada curva de aprendizagem favorecem a rápida adoção por empresas e o alto engajamento de iniciantes.

Na semana seguinte ao Python Sudeste ocorreu a Pytho Sul (https://pythonsul.org) - de 6 a 8 de abril em Florianópolis. Este ano teremos muitos eventos ainda como o PyData-DF, os AfroPython (https://www.facebook.com/AfroPython/), as DjangoGirls (https://djangogirls.org/), a Python Nordeste (https://2018.pythonnordeste.org), o Caipyra (http://caipyra.python.org.br) e o aguardado Python Brasil (https://2018.pythonbrasil.org.br) em outubro.

Muitas palestras foram gravadas e logo mais estarão em um dos canais da comunidade

http://pythonsudeste.org
https://www.facebook.com/pythonsudeste/
https://www.youtube.com/channel/UCLRXGSdAbsHGlSDMTTai51g

Quero deixar aqui meus parabéns e um sincero agradecimento a todas as comunidades de desenvolvedores Python, as verdadeiras estrelas de todos os eventos. Conheça algumas delas:
Grupy-SP
https://github.com/grupy-sp

SciPy-SP
https://www.facebook.com/SciPySP/

PyLadies-SP
https://www.facebook.com/PyLadiesSP/

Python-Rio
https://www.facebook.com/pythonrio

DjangoGirls
https://www.facebook.com/djangogirls

O que estão dizendo por aí:
https://escoladedados.org/2018/04/03/como-libertar-dados-publicos-usando-python/


Descubra as edições anteriores da Python Sudeste:
2016 - BH http://2016.pythonsudeste.org
2017 - Rio https://web.facebook.com/pg/pythonsudeste/photos/?tab=album&album_id=303043140123523
2018 - Sampa http://pythonsudeste.org