5.8.18

6º BotBattles – SAC – Chegamos à 4ª geração dos sistemas de atendimento


Os famigerados SACs tiveram seu grande salto de qualidade com o boom das redes sociais a partir de 2011. Foi uma grande mudança na relação entre empresas e clientes. Isso marcou o nascimento do que se chamou SAC 2.0.

Mais recentemente - idos de 2016 - a proliferação da computação cognitiva, inteligência artificial e análise preditiva trouxeram ao mercado o SAC 3.0. Essa geração nasceu valorizando ainda mais o cliente colocando-o no centro da atenção das marcas e das empresas, fornecendo atendimento personalizado e contextual.

A cultura do compartilhamento contagiou também desenvolvedores de software. Eles promoveram o desenvolvimento massivo de APIs que facilitam a integração de diferentes sistemas. Agora, prometem uma eficiência ainda mais satisfatória incorporando as melhores características dos SAC 2.0 e 3.0 com os atendimentos via Chatbots e suas múltiplas configurações.

O BotBattles (https://www.meetup.com/pt-BR/botbattles/) é um meetup realizado mensalmente pela turma do CosmoBots (cosmobots.io) — uma plataforma de desenvolvimento de Chatbots simples e intuitiva. Funciona como um evangelizador no uso das tecnologias de Chatbots e colabora na divulgação de Bots desenvolvidos no Brasil ao mesmo tempo em que promove as vantagens no uso de sistemas automatizados e agentes conversacionais para empresas e usuários.

A cada edição um tema diferente é escolhido. A edição de julho privilegiou os SACs, Serviços de Atendimento ao Consumidor.

A OLX (https://www.olx.com.br) ofereceu seu auditório em São Paulo para a realização deste encontro e apresentou o projeto do Bot que está desenvolvendo para interagir com seus milhões de usuários.

A PagSeguro (https://pagseguro.uol.com.br) trouxe a história e os resultados no uso de seus quatro Chatbots nas interações com seus clientes. O Paguinho vem sendo desenvolvido desde 2016.

A dinâmica do encontro é interessante. O formato é participativo e se divide em três momentos.

Inicialmente são apresentados os grandes cases relativos ao tema. Depois, membros da comunidade se candidatam a fazer a apresentação ou o teste de conceito de seu projeto (pessoal ou da sua empresa) para apreciação da plateia.

Uma votação online escolhe a melhor solução. Esse momento é de nervosismo e ansiedade mas é divertido e passa rápido. Foram pitches de 3 minutos, uma votação pelo celular e tivemos um campeão.

Neste caso, concorreram o Bot MIA da Deca (https://www.deca.com.br) que enfrentou o Bot ClubWorkout (http://www.clubworkout.com.br) da 2Bots (http://www.2bots.com.br). O vencedor foi o Bot mais maduro e simples da 2Bots. Os critérios são subjetivos, portanto, o pitch e a execução em tempo real da aplicação causam forte impressão. O objetivo é mais divulgar os Bots disponíveis do que avaliar qual é o melhor. É pura diversão!

Em seguida, os convidados especiais compuseram um painel onde discorreram sobre experiências pessoais e práticas do mercado sobre o assunto da noite.

Com a participação de representantes da Rappi (http://www.2bots.com.br), Salesforce (https://www.salesforce.com/br/?ir=1), PagSeguro (https://pagseguro.uol.com.br), XP Investimentos (https://www.xpi.com.br) e OLX (https://www.olx.com.br), o painel “Os desafios no uso de Inteligência Artificial e Chatbots para SAC” gerou um agradável debate sobre boas práticas e tendências de mercado.

Por fim, uma sessão de sorteio de brindes fez a felicidade dos espectadores.

O networking é frequente nestes encontros e costuram criar novos negócios e parcerias. Pode acontecer na chegada, no final ou durante todo o evento - a generosidade dos patrocinadores é quem manda, o que foi o caso, pois quem deu todo o apoio foi a OLX e 'a firma é rica'!

Saiba mais:

Alguns números impressionantes da OLX:

* A cada 5 carros vendidos, 4 são através da plataforma;
* São vendidos em média 5 carros por minuto;
* 25% das vendas são concretizadas em menos de 24 horas;
* 27 milhões de vendas realizadas em 2017 (10% a mais que 2016).

Links úteis:



Evolua sua empresa para o SAC 4.0: A automação de serviços na sua mão (http://www.ascsac.com.br/evolua-sua-empresa-para-o-sac-4-0-a-automacao-de-servicos-na-sua-mao/)

SAC 4.0: transformando as interações do cliente http://blog.wittel.com/sac-4-0/


Plataformas de Bots, Inteligência Artificial e assistentes automatizados


















30.7.18

A Torcida Espetáculo



No dia 27 de junho de 2018, o Brasil disputou seu terceiro jogo na Copa do Mundo da Rússia. O Brasil vinha de um empate com a Suíça e uma vitória suada contra a Costa Rica. O jogo, realizado no estádio Spartak de Moscou contra a Sérvia, foi bem disputado e a seleção brasileira venceu por 2 a 0, com um gol de Paulinho no primeiro tempo e um gol de Thiago Silva no segundo. O resultado levou o Brasil para disputar as oitavas de final contra o México.

Neste dia, a torcida brasileira na Rússia chamou a atenção da imprensa internacional por causa de sua atuação dentro e fora do estádio. Conhecido por ser um povo de cultura mais reservada, os russos são comumente retratados como um povo frio e mostrou-se surpreso com os brasileiros que - tem fama de povo quente e festivo e - fizeram questão de demonstrar isso por lá.

Por muitos motivos, no mundo do futebol, a torcida é considerada o décimo segundo jogador em campo. Suas participações durante as partidas empolgam e costumam contagiar os jogadores dentro e fora do jogo.

Uma das sensações nas transmissões dos jogos são as cenas exibidas dos torcedores nas arquibancadas. As poderosas teleobjetivas de fotógrafos e cinegrafistas capturam momentos épicos jogo após jogo. Conseguem apanhar e repercutir uma miríade de expressões curiosas. Ansiedade, alegria, nervosismo e tristeza compõem capas de jornais e revistas, geram memes e criam virais na Internet. Em cada lance a vibração é estampada no rosto dos torcedores. Muitos sentimentos percorrem o corpo dos indivíduos que os exteriorizam das mais diversas formas gerando imagens espetaculares.

As perfomances individuais são amplificadas quando o sentimento é comum e simultâneo. Esse sentimento coletivo é externado em manifestações emocionantes sendo as “ôlas” sua expressão mais emblemática. Um movimento que possui uma plástica própria e hipnotizante.

É tarefa comum para a torcida brasileira quebrar a rigidez protocolar nos ritos futebolísticos. Já é frequente a torcida continuar cantando em coro o hino nacional mesmo após o fim da execução pela organização do evento no começo das partidas.

Mas a participação das torcidas de futebol não se limitam ao momento do jogo nas arquibancadas. Neste dia, especialmente, a torcida brasileira repercutiu em todo mundo no pré-jogo, à caminho do estádio. Depois do tradicional ‘esquenta’ que reúne os torcedores em um mesmo lugar, centenas de brasileiros lotaram as históricas e palacianas estações de metrô russo e promoveram um espetáculo emocionante ao entoar hinos e canções em coro.

Entoar músicas de incentivo é comum a todas as torcidas assim como repeti-las continuamente em campeonatos, copas e disputas diversas. Este ano, no entanto, uma renovação no repertório musical das canções da torcida brasileira impactou e surpreendeu positivamente muitas pessoas.

Pelo menos duas novas músicas agitavam a torcida brasileira. Destaco aqui as duas mais repetidas antes, durante e depois dos jogos. Uma relembrava cada uma das cinco conquistas de mundial do Brasil, trazendo informações quanto ao ano da copa e aos jogadores que mais se destacaram em cada uma delas. Com uma melodia simples e letra objetiva a canção teve uma ótima aceitação e foi cantada com empolgação por todos os torcedores do Brasil. Impossível não cantar junto:

Êêêê, em cinco-oito foi Pelééé
Em meia-dois foi o Manééé
Em sete-zero o esquadrãão
Primeiro a ser tricampeãão!
Ôôôô, noventa e quatro Romáriôôô
Dois mil e dois Fenomenôôô
Primeiro tetracampeãão
Único penta é Brasilzãão!

Ôôôô, se muitas glórias eu viviii
Com muitas outras vou sonhaar
E em dezoito com Neymaar
Mais uma estrela vou buscaar
Ôôôô, Brasil olê, olê, olêêê...”

A outra canção destacada foi executada à exaustão e tem uma história bem interessante. A canção original se chama “Bella Ciao”. Tem origens nos campos italianos dos fins do século XIX; foi uma canção de protesto durante a Primeira Guerra Mundial; representou a resistência rebelde na Itália de Mussolini e durante a Segunda Guerra Mundial; foi cultuada como um hino antifascista depois da guerra e em protestos libertários em Paris, Berlim, Praga, Viena e em outras cidades da Europa.

Também instigou protestos esquerdistas mundo afora, incluindo campanhas eleitorais na Grécia e manifestações a favor da democracia na Ásia e em outros continentes. Tem muitas versões gravadas em diversos idiomas e hoje é um dos hinos oficiais do time italiano Livorno Calcio.

Esta música teve sua letra alterada e adaptada ao longo de sua história e ao sabor dos acontecimentos em que era inserida mas sua versão mais conhecida é esta antifascista:

“Una mattina mi sono svegliato,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Una mattina mi sono svegliato,
e ho trovato l'invasor.

O partigiano, portami via,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
O partigiano, portami via,
ché mi sento di morir.

E se io muoio da partigiano,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E se io muoio da partigiano,
tu mi devi seppellir.

E seppellire lassù in montagna,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
E seppellire lassù in montagna,
sotto l'ombra di un bel fior.

Tutte le genti che passeranno,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
Tutte le genti che passeranno,
Mi diranno «Che bel fior!

È questo il fiore del partigiano,
o bella, ciao! bella, ciao! bella, ciao, ciao, ciao!
È questo il fiore del partigiano, morto per la libertà!”

É belíssima e altamente emotiva. Sua melodia é facilmente memorizada e logo a estamos cantarolando sem precisar necessariamente saber a letra. É uma daquelas músicas ‘chiclete’ que grudam na sua memória e só com algum esforço conseguimos tirá-la da mente.

Por essas características ela entrou no gosto popular que preservou sua melodia mas teve sua letra transformada em:

“O Di Maria, o Mascherano,
o Messi tchau, Messi tchau, Messi tchau, tchau, tchau.
Os argentinos, estão chorando
porque essa Copa eu vou ganhar...”

A letra de “Messi Tchau” faz uma brincadeira com famosos jogadores argentinos e divertiu muita gente durante os jogos da copa. O curioso na história dessa música denota também a penetração dos serviços de streaming no Brasil. Desconhecida da grande massa da população brasileira, esta canção se tornou popular no país após a repercussão de uma série de TV espanhola que usava o hino libertário partisano em sua trilha sonora.

A série de TV difundida como “A Casa de Papel” no Brasil, logo estimulou a turma do funk a criar uma versão chamada “Só quer vrau”, o pessoal do forró também criou a sua versão e logo as torcidas organizadas a adaptaram para o futebol.

A versão da torcida foi rapidamente difundida nas redes sociais e televisão e logo podíamos ouví-la em bares, nas Fifa Fan Fest e nas ruas. Onde houvesse um grupo de torcedores brasileiros não demorava para ser entoada animadamente e aos gritos por todos os presentes.

Disseminou-se como um vírus por toda parte. Qualquer menção à Messi, aos argentinos ou à seleção brasileira de futebol era motivo para puxar a música que contagiava um vizinho incalto com facilidade.

É um fenômeno comum em eventos globais a Copa do Mundo mas fazia tempo que não tinhamos uma renovação aceitável no repertório de hinos da torcida brasileira. Muitos torcedores e veículos de comunicação perceberam essa mudança e, de modo geral, receberam com empolgação as novidades.

O hino popular da Copa de 1970 foi um dos mais amados e empolgantes de todos os tempos. Desde lá, se passaram 48 anos e a cada quatro anos compositores famosos e artistas desconhecidos tentam emplacar novas canções, novos hinos e novas melodias que façam o brasileiro cantar e se emocionar junto. A canção ufanista “Pra Frente Brasil” de Miguel Gustavo e Raul de Souza ainda provoca arrepios quando a ouvimos tocar:

“Noventa milhões em ação
Pra frente, Brasil
Do meu coração

Todos juntos vamos
Pra frente, Brasil
Salve a Seleção!

De repente é aquela corrente pra frente
Parece que todo o Brasil deu a mão
Todos ligados na mesma emoção
Tudo é um só coração!

Todos juntos vamos
Pra frente Brasil, Brasil
Salve a Seleção!

Todos juntos vamos
Pra frente Brasil, Brasil
Salve a Seleção!”

É envolvente e empolgante em letra e melodia. É simples e agradável. Ainda é um marco na cultura de massa, na conciliação poderosa entre arte e esporte. É óbvio que a renovação trazida pela Copa do Mundo Fifa 2018 ainda não alcançou o patamar de estado da arte revelado em 1970 mas exibe um frescor que nos faz crer que em 2022, no Qatar, a torcida brasileira terá muito mais o que comemorar ou, pelo menos, muito mais formas de celebrar.

16.6.18

A Ciência de Dados no 6º Festival Path


 O Festival Path é um evento único.

A cidade de São Paulo é presenteada a cada ano, desde 2013, com o Festival Path, um evento que reúne tecnologia, arte e negócios em torno de temas que envolvem bem-estar, sociedade e inovação.

Acontece em um fim de semana e conta com uma programação intensa distribuida em palcos, galerias, praças, museus, casas de show, teatros, centros culturais, ginásios, hooftops e outros locais.

Este ano foram mais de 400 horas de atividades em cerca de 30 espaços diferentes. Mais de 5 mil ingressos e 30 mil pessoas assistiram a dúzias de (mais de 25 ) shows, diversos (15) documentários, centenas de ( mais de 300) palestras e experimentaram Yoga, feiras gastronômicas, feiras makers, de games e de startups, além de estimularem seus sentidos em stands imersivos, lúdicos e interativos como o da Bombay Sapphire (https://www.bombaysapphire.com/), da Natura (http://www.natura.com.br), da WeWork (https://www.wework.com/pt-BR/ - www.facebook.com/WeWorkBrasil/), da Printi (https://www.printi.com.br), da Laje (https://www.laje-ac.com.br/site/index.php) de Ana Couto (http://www.anacouto.com.br), da Universa UOL (https://universa.uol.com.br) e outros.

Como é de esperar em eventos deste porte, havia fila pra tudo. O público, no entanto, é tão bom que nenhuma forma pegar fila se tornou algo maçante. Aliás, foi onde mais socializei trocando informações sobre a programação, fazendo novas amizades e debatendo a relevância dos diversos conteúdos. O público do Path é um evento à parte. Só vendo pra crer.
A organização do Path trouxe uma solução criativa e bem democrática para beneficiar o público. Todos os pagantes receberam alguns 'Fast Pass' (2 para cada dia) que permitiam que seus portadores ocupassem lugares reservados sem a necessidade de pegar fila. Assim cada um podia garantir a participação na sua palestra favorita sem problema.

50 profissionais que tiveram a missão de colaborar na criação do Trends Report Path. O objetivo foi mapear as principais tendências do evento através dos temas tratados nas 310 palestras. Ao final do segundo dia, Vanessa Mathias e Lu Bazanella, fundadoras da White Rabbit, apresentaram as “6 Macrotendências do Festival Path”, um resumo do que se encontra no relatório completo elaborado pela White Rabbit e O Panda Criativo (http://www.opandacriativo.com/trend).
O Report foi dividido em 6 categorias (Purpose First, Connected Dots, Bursting Bubbles, Humanism Renaissance, Hacking Health e Omnidesign) que sintetizam os futuros possíveis a partir do que já se verifica na prática hoje. Sem dúvida, um instrumento primordial para auxílio nas tomadas de decisão na indústria e no marketing. Conheça os detalhes de cada categoria no artigo da Up Future Sight ((https://medium.com/up-future-sight/as-seis-macrotendências-do-festival-path-2018-a8286c2a9324)) feito pela futurista Lídia Zuin (https://www.linkedin.com/in/lidiazuin/).
Desde meados de 2012 o cientista de dados tem sido considerado um cargo sexy. É um dos profissionais mais cobiçados no mercado e cada vez mais necessários em todo tipo de organização. Está entre as tendências mapeadas pelo Trends Report Path mas foi difícil categorizá-lo já que suas competências, talentos e aptidões permeiam todas elas.

O surgimento da computação ubíqua com surgimento dos smartphones e a computação em nuvem trouxe a percepção de que o volume de dados produzidos pelo homem e suas máquinas tendia ao infinito. Já não é mais humanamente possível contar e avaliar os dados na medida em que são criados. Ferramentas foram então desenvolvidas para colaborar. Essas ferramentas continuam em evolução e estão nas mãos dos cientistas de dados, pessoas que reunem em si habilidades estatísticas, computacionais e de negócios, verdadeiros unicórnios para o mundo corporativo.
A seguir apresento uma pequena síntese de duas palestras realizadas por cientistas da Cappra Data Science (https://cappra.com.br/) no Festival Path.

“Será muito difícil as pessoas consumirem algo na internet que não seja sob medida” Eric Schmidt

1. A ciência por trás dos algoritmos de recomendação

A apresentação de Dierê Fernandez (https://www.linkedin.com/in/diere/) da Cappra Data Science (https://cappra.com.br/) foi um espetáculo de dados, conceitos e referências. Explicou as lógicas usadas na criação de algoritmos e elencou seus muitos tipos; referenciou autores famosos como Alvin Tofler (Future Shock, 1970), Clay Shirky (Here Comes Everybody, 2008) e Eli Pariser (The Filter Bubble, 2011); e, revelou dados de algumas pesquisas.

“800 milhões de usuários do Instagram publicam 95 milhões de fotos por dia”

Por definição, algoritmos são “sequências finitas de instruções bem definidas”, logo, não se limitam ao mundo digital. Qualquer atividade rotineira pode ser considerada uma instrução algorítmica, desde escovar os dentes ou dirigir um carro até selecionar o que é spam no seu e-mail ou o que exibir na linha do tempo de sua rede social digital.
Pioneira no uso de algoritmos de recomendação no e-commerce, a Amazon (https://www.amazon.com) assume que vem deles cerca de 35% de suas vendas. No serviço de streaming Netflix (https://www.netflix.com), quase 80% do conteúdo assistido deriva de suas recomendações. Outros serviços online como o Spotify (https://www.spotify.com) e o OkCupid (https://www.okcupid.com) usam os algoritmos como ferramentas centrais de engajamento e retenção de usuários.

“Algoritmos são opiniões camufladas de tecnologia” Cathy O’Neil

Segundo ela, algoritmos e inteligência atificial são muito úteis para curadoria do consumo de informação e no auxílio a tomadas de decisão mas estes programas podem engendrar viéses e nos prender em ‘bolhas’ de informação. Criar algoritmos neutros é um desafio já que a subjetividade é uma grande característica humana e está sujeita a nuances sutis. Baseando-se apenas em histórico de comportamento um algoritmo está pouco suscetível ao novo, por isso, sistemas híbridos que levem em conta outras vaiáveis (como o contexto por exemplo) são mais assertivos e adequados. Essa preocupação foi exemplificada no experimento Bias In Bias Out (https://www.biasinbiasout.com/) da agência Mesa&Cadeira (https://www.mesa.do/) que traz reflexões sobre como os algoritmos espelham os preconceitos humanos.

“O uso de dados wireless e mobile será 2/3 do total do tráfego na Internet em 2021”
2. 10 coisas sobre o futuro inundado de dados

Ricardo Cappra (https://www.linkedin.com/in/cappra/) começa falando sobre o grande volume de dados produzidos hoje em dia. Esses dados estão disponíveis para análises com os mais diferentes escopos. Ele descreve o processo de transformação do ruído inaudível dos dados não-estruturados, até a ‘small data’, quando os dados se traduzem em informações úteis e podem ser cientificamente tratáveis, ou seja, são convertidos de dados irrrelevantes para dados relevantes.

“As pessoas não estão participando online estão deixando rastros”

Os 10 tópicos tratados em sua palestra foram divididos em Oportunidades e Riscos, sendo os primeiros:

- Ruído Ensurdecedor
- Cultura Analítica
- Cientistas de Dados
- Dados Contam Histórias
- Data4Good

Ele considera o ‘ruído’ uma grande oportunidade para a sociedade. Nasce daí a necessidade de se moldar uma ‘cultura analítica’ onde os ‘cientistas de dados’ (hoje em sua primeira geração) possam extrair ‘histórias’ relevantes e usar esse conhecimento para o bem coletivo. Enfatiza as oportunidades especialmente focadas no fomento da cultura analítica centrada nos pilares P3T, ou seja, people, process, policy and technology. Cita também alguns exemplos criativos para o desenvolvimento de uma cultura baseada em dados. O ‘Data4Good’ (https://www.cappralab.com/data4good/), uma hackathon (maratona de programação e ideias) realizada nas últimas edições da Campus Party (http://brasil.campus-party.org/) de Natal, Brasília e Salvador e o ‘DataWall’, uma visualização de dados orgânica (não-digital) feita coletivamente em ‘real time’ durante eventos.
Em contraponto, Cappra elenca os Riscos aos quais estamos sujeitos vivendo em um ‘mundo inundado de dados’:
- Caos
- Overdose
- Sociedade Condicionada
- Privacidade
- Decisões Sintéticas

O universo de dados desorganizados e caóticos é pouco útil. Seu uso inapropriado pode trazer prejuízos individuais e coletivos e até mesmo manipular governos e mercados. Cappra chama atenção ao cuidado que devemos ter com a overdose de informação.

Information Overload ou Infoxication (https://en.wikipedia.org/wiki/Information_overload) é um conceito atribuído ao sociólogo Georg Simmel (https://pt.wikipedia.org/wiki/Georg_Simmel) dos princípios do século XX e também foi tratado pelo psicólogo David Lewis (https://pt.wikipedia.org/wiki/David_Lewis) no seu artigo “Infofatigue Syndrome” (1990).

O cérebro humano não é capaz de processar o volume de informação disponível. Essa constatação permite a Cappra afirmar a necessidade de uma ‘inteligência aumentada’ só possível através de ‘cérebros sintéticos’ alimentados com algoritmos e inteligência artificial. No entanto, sua preocupação é centrada no uso da ciência como camada no tratamento da BigData. Só assim informações úteis podem ser utilizadas em tomadas de decisão e libertar a mente humana para o ato criativo já que esta é uma característica humana que as máquinas ainda não simulam.

Além disso, o cérebro é um músculo sujeito à fadiga. A mente cansada é pouco funcional, comumente falível e equivocada em momentos decisivos. Segundo Cappra, as decisões humanas podem ser de 3 tipos:
- aleatória ou criativa
- estruturada ou processual
- sistêmica ou analítica

O esforço mental exigido para cada uma dessas tarefas é bem diferente e ele assegura que com os instrumentos fornecidos pelas ciências de dados parte significativa das decisões processuais e analíticas podem ser automatizadas. Com algoritmos e IA as decisões artificiais ou sintéticas podem ser libertadoras.
Ainda quanto à cultura analítica, uma técnica estatística para análise de personalidade tem sido cada vez mais comum. A abordagem estatística de fatores psicológicos conhecida pela sigla OCEAN (https://en.wikipedia.org/wiki/Big_Five_personality_traits) tem sido utilizada para traçar o perfil de pessoas a partir de cinco traços de personalidade: abertura à experiência , conscienciosidade , extroversão , amabilidade e neuroticismo (openness to experience, conscientiousness, extraversion, agreeableness, and neuroticism).

Outros conceitos da psicologia e teóricos do comportamento como B. F. Skinner (https://en.wikipedia.org/wiki/B._F._Skinner) foram também citados. Ele fez uma alusão cômica ao famoso experimento da Caixa de Condicionamento Operante (conhecida como Skinner Box), chamando as experiências que o Facebook faz com seus usuários de ‘Zucker Box’ e apresentou correlações entre os testes de usabilidade (testes A/B) feitos por designers e desenvolvedores de sites e aplicativos.

Essas duas palestras foram realmente incríveis. Outras informações podem ser obtidas acompanhando o site e as redes sociais da Cappra Data Science.

Saiba mais:

Video campanha Path 2018
Projeto “Bias In / Bias Out”

DataWall no “Menos 30 Fest”

DataWall na “Campus Party 10”


#ReportTrendsPath
#FestivalPath
#Conectodos

3.6.18

Se voce não acredita em unicórnio é por que nunca foi num #SiliconDrinkAbout. 🦄


Silicon Drink About é para Designers, Developers, Entrepreneurs, Marketers... 
 O #Meetup @drinkaboutsaopaulo (https://www.facebook.com/drinkaboutsaopaulo) é sempre uma alegria. A cada semana descobrimos novos negócios, conhecemos novas ideias, experimentamos novos espaços, compartilhamos novos projetos, desenvolvemos novas parcerias e criamos muitos laços de amizade e companheirismo promissores.


Esta semana nos reunimos no rooftop da @digitalhousebrasil (https://www.facebook.com/digitalhousebrasil/?fref=mentions). Um lugar de aprendizado incrível presidido pelo ícone das Interwebz, o ilustre @interney (https://www.linkedin.com/in/interney/?locale=pt_BR).
No Brasil desde 2013, o encontro foi trazido ao Brasil pelo fundador da Printi (https://www.printi.com.br/), Ricardo Parro (https://www.linkedin.com/in/ricardoparro/), hoje na Dinamarca. Teve sua edição inaugural no Vaca Véia (http://www.vacaveia.com.br/nois.html) na sexta-feira, 22 de novembro.

Na época, os barbudos da 3Beards (https://3-beards.com) - uma startup de Londres localizada na região de tecnologia conhecida por “Silicon Roundabout” (http://home.bt.com/tech-gadgets/what-is-silicon-roundabout-11364168966830), a “East London Tech City” - haviam recebido a incubência de continuar a ideia da londrina Mind Candy (http://mindcandy.com/about) que iniciou o projeto em 2008.
Fortemente influenciados pela filosofia das “Startup Weekend” (https://startupweekend.org/), de comunidade, de compartilhamento, alegria e desenvolvimento, eles ampliavam o já tradicional Silicon Drink About (https://silicondrinkabout.com/) para mais 6 cidades em diferentes países.

Hoje, o Silicon Drink About (https://silicondrinkabout.com/) acontece simultaneamente em cinco capitais brasileiras (São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba e Salvador) e em mais de 30 cidades mundo afora. Religiosamente nas sextas-feiras depois das 18h. Se você quiser levar a iniciativa para sua cidade é só entrar no site, lá tem todas as informações que vai precisar.


Nesta edição a Iguana Beer Shop (https://www.facebook.com/iguanabs/?fref=mentions) ofereceu duas opções de cerveja artesanal a preço de custo (sendo a primeira grátis) e ainda teve um churrasco no espeto delicioso
Tive a honra de ser presenteado com a camisa da @apponteme (www.apponte.me), uma startup que traz uma excelente solução para relógios de ponto. Eles chegaram com força para resolver os problemas no controle de entrada e saída de funcionários. A solução é simples. Usa um tablet de baixo custo, imagens e um software de alta disponibilidade. Sou fã faz tempo da empresa e também do CIO Daniel Godoy (https://www.linkedin.com/in/daniel-godoy-1294013a/ e do CTO Rafael Malheiros (https://www.linkedin.com/in/malheirosrafa/) que são grandes entusiastas do Drink About. 

Quem participou desta edição também foi a turma do Keepz App (http://www.keepz.com.br/). Alexandre Trentini (https://www.linkedin.com/in/alexandretrentinirocha/) é um dos fundadores do aplicativo que vai facilitar a vida de todos que precisam comprar coisinhas no caminho de casa. Usando o GPS e créditos comprados previamente, você poderá evitar filas e estacionamentos recebendo o que precisa no caminho de casa. Saiba mais: http://www.keepz.com.br/
Fiquei pouco tempo no encontro mas muitas outras soluções criativas estavam por lá. 

Semana que vem o encontro comemora pela primeira vez a "Pride Week". Se quiser ir tem que correr pois as vagas são limitadas. 
Confira este Meetup com Silicon Drinkabout São Paulo http://meetu.ps/e/FlmYJ/r2hYx/d

Congratulo a todos que acreditam nessa ideia. Obrigado especialmente pela generosidade dos parceiros e parabéns aos organizadores voluntários que dedicam seu trabalho e tempo com tanto carinho. 
Conheça os responsáveis por acrescentar tantos capitulos neste conto de fadas:
Play 2 Sell (https://www.p2s.me)
Agência Publicidadis (http://publicidadis.com)
Google Campus São Paulo (https://www.campus.co/sao-paulo/pt)
Cabify (https://cabify.com/pt-BR)